O outro tridente de Neymar
Gabriel Jesus e Gabigol acompanham o atacante do Barcelona no ataque do Brasil


Longe de Messi e de Luis Suárez, seus companheiros de ataque com os quais quebra as estatísticas de gols a cada ano (122 na temporada 2014-2015 e 130 na de 2015-2016), Neymar procura seus parceiros futuros na seleção canarinho. O técnico da seleção brasileira, Rogério Micale, quer recuperar o futebol ofensivo do time pentacampeão do mundo e desenha no campo um ataque com três jogadores: Neymar, Gabigol e Gabriel Jesus. “É um sistema parecido ao utilizado pelo Barça e, no último amistoso contra o Japão (vitória por 2-0 para o Brasil), ele jogou no segundo tempo com quatro atacantes quando entrou Luan”, explica Tostão, campeão do mundo no México 70. Micale tenta criar um ecossistema de jogo para que o 10 do Brasil sinta-se no Rio perto do Barcelona.
Gabigol, Gabriel Jesus e Luan são bons jogadores, mas dificilmente podem virar craques mundiais
Tostão, campeão do mundo no México em 1970
“Não é preciso falar nada de Neymar, sua qualidade é conhecida em todo o mundo. Gabigol, Gabriel Jesus e Luan são três atacantes muito jovens e talentosos. São o futuro do Brasil”, diz Juliano Belletti, ex-jogador do Barcelona. Tostão, no entanto, vai mais longe. “No Brasil há muita incerteza em relação ao nível que podem atingir Gabigol, Gabriel Jesus e Luan. São bons jogadores, mas dificilmente podem se tornar craques mundiais”. Embora o companheiro de Pelé no México não duvida: “Gabriel Jesus é o que tem velocidade, mais dribles e mais gol dos três”.
Gabriel Jesus (São Paulo, 19 anos) estreou com a equipe principal do Palmeiras em 2015 e depois de 68 jogos e 29 gols, a Europa começou a olhar para ele. O Barcelona e o Manchester City estão atrás de seus gols, também a Juventus. “Meu futuro está quase decidido, mas agora estou concentrado em conseguir o ouro com a seleção”, diz o paulista, que parece próximo do City de Pep Guardiola.
Gabigol é o mais finalizador, apesar de que os quatro podem jogar nas três posições
Belletti, ex-jogador do Barça
“Gabigol é o mais finalizador, apesar de que os quatro podem jogar nas três posições”, explica Belletti. Gabriel Barbosa (São Paulo, 19 anos) fez sua estreia pelo Santos em 2013 e acumulou 152 jogos e 56 gols. Nos últimos meses esteve dedicado à seleção, primeiro com Dunga, que caiu na fase de grupos da Copa América, e agora tenta o ouro olímpico.
Luan Guilherme Vieira (São José do Rio Preto, 23 anos) parece ser o suplente por enquanto. Criado nas categorias de base do de Catanduvense, chegou ao Grêmio em 2014, onde soma 140 jogos e 35 gols. “É o mais clássico. É inteligente, sabe se mover, mas não tem tanta potência”, assegura Tostão. “Os quatro se complementam bem; todos têm grande mobilidade”, conclui Belletti. São os parceiros de Neymar.