Libra cai ao mínimo e fica abaixo de 1,30 dólares
A moeda britânica volta a perder terreno diante do dólar; euro e Bolsas também caem
A saída do Reino Unido da União Europeia continua passando fatura à moeda britânica, que vive seus momentos de maior baixa desde a época de Margaret Thatcher. A libra esterlina caiu nesta quarta-feira a níveis mínimos, cotada abaixo de 1,30 dólares (1,2933 perto das 11h, no horário local, apesar de durante a madrugada ter chegado a 1,27). Se após a saída da UE a libra se movimentava aos menores valores desde junho de 1985, a referência negativa seguinte data de fevereiro do mesmo ano, quando chegou a 1,05 dólares. Diante do euro, a queda foi um pouco menor, mas também situando-se em níveis mínimos nos dois anos últimos anos, em 1,1701 euros. Diante da queda da libra, os mercados começaram o dia como terminaram na terça-feira, em baixa. A fuga da renda variável e a busca de segurança levaram o bônus alemão a cotações mínimas, com uma rentabilidade negativa de 0,199%.
Do início do ano até hoje, a libra já caiu 12% em relação à moeda norte-americana, enquanto que frente ao euro chegou a 13%, situando-se em valores do fim de 2013. A incerteza sobre a evolução da economia britânica fora da Europa é o que determina a cotação da libra esterlina. A atuação dos líderes políticos britânicos também não está ajudando sua moeda, com conservadores e trabalhistas envolvidos em batalhas pelo poder depois de ficar claro que não tinham um plano para o caso do triunfo do Brexit na consulta de 23 de junho passado.
Nesta terça-feira, soube-se que três fundos britânicos suspenderam o pagamento de participações por falta de liquidez. O Banco da Inglaterra também demonstrou sua preocupação com a queda da demanda por ativos britânicos entre os investidores. Nesse contexto, espera-se a decisão do Banco do Inglaterra sobre os juros para a semana que vem.
A incerteza sobre a evolução da economia britânica fora da UE é o que determina a cotação da libra esterlina
A volatilidade, portanto, continua tomando conta dos mercados. Os principais mercados europeus abriram em baixa, exceto Londres. No entanto, o índice londrino indicava queda logo depois da abertura da sessão. Às 11h (horário local), o FTSE caía 0,36% (só resistiam as empresas mineiras, que se beneficiam da alta do ouro). Paris perdia 1,56%; Frankfurt, 1,58% e Milão, 1,68%. O Ibex (a bolsa espanhola), por sua vez, caía 1,7%, que se soma a 2,28%. A IAG, holding de companhias aéreas como Ibéria, British Airways e Vueling, é a grande protagonista do dia. Sua fragilidade diante da situação no Reino Unido e as turbulências da companhia aérea Vueling nos últimos dias determinam a cotação da empresa, que cai mais de 6%. Os bancos vêm em seguida, caindo em torno de 3%. Só Gas Natural e Cellnex se salvam da queda.
No mercado de bônus, novamente o alemão serve de refúgio para a aversão ao risco da renda variável, e assim sua rentabilidade se ressente e cai a mínimas históricas. Os investidores pagam quase 0,2% pelos bunds. A rentabilidade do bônus espanhol para 10 anos situa-se em 1,2% e o prêmio de risco está em torno de 135 pontos, um pouco abaixo de ontem.
Finalmente, o petróleo, que foi em junho oscilou segundo as perspectivas do Brexit, caiu com a concretização da saída e agora está cotado a 47 dólares. Hoje cai ligeiramente e o barril de brent está em 47,6 dólares.
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