Hospital E. Ribas: ataque com seringa tem risco mínimo de contaminação
Unidade atendeu vítima que afirmou ter sido alvo de agulhada na região da av. Paulista
Uma mulher afirma ter sido atacada por um homem munido de uma agulha na avenida Paulista, na última quarta-feira. De acordo com o que informou a este jornal por telefone, ela caminhava na altura da rua Pamplona, quando sentiu uma pressão nas costas, mas não soube identificar exatamente o que havia ocorrido. Em seguida, disse ter visto um homem "moreno, magro e com um moletom verde" passar por ela e espetar uma agulha em uma outra mulher à sua frente. Ela então falou o que tinha visto para essa segunda vítima e ambas detectaram um pequeno furo na pele das costas uma da outra.
"No mesmo momento eu disse a ela que iria ao hospital, mas ela não foi comigo", disse. "Eu fui ao hospital Emílio Ribas, onde recebi o primeiro atendimento e em seguida fui encaminhada para uma unidade hospitalar especializada em DST's [Doenças Sexualmente Transmissíveis] no Butantã [zona oeste da cidade]", afirmou a mulher, que não quis se identificar. Não há informações, até o momento, sobre a segunda vítima.
Após passar pelo primeiro atendimento no hospital Emílio Ribas, que confirmou, por meio de nota, ter recebido a vítima e realizado "todas as orientações e condutas adequadas", a mulher recebeu, na unidade de saúde especializada, o coquetel antiretroviral para prevenção de contaminação pelo vírus HIV. Ela também realizou um exame de sangue para detectar a presença desse e de outros vírus, como o da hepatite, e outras doenças sexualmente transmissíveis, como a sífilis.
Os primeiros resultados, segundo a vítima, deram negativos. "Mas terei de fazer outro exame em um mês, depois em três meses, seis meses e um ano após o ocorrido", contou. "Eu não estou infectada, mas tenho que tomar um coquetel super forte de remédios por causa de um psicopata que está saindo por aí furando as pessoas".
Na nota do Hospital Emílio Ribas é informado que "o atendimento de casos como esses são raros" e que "os riscos para transmissão de doenças infecciosas são considerados mínimos, não havendo necessidade de pânico para a população".
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