O caminho de Argentina e Chile até a final da Copa América
Estes foram os jogos da Alviceleste e da ‘Roja’ até a decisão deste domingo


Argentina e Chile repetem neste domingo em Nova York a final da Copa América do ano passado, disputada no Chile. Naquela ocasião, empataram sem gols no tempo normal e na prorrogação, e os anfitriões se sagraram campeões nos pênaltis (4 x 1). Agora, voltam a se enfrentar na decisão desta edição extraordinária da Copa América, comemorando os 100 anos do torneio.
Estes foram os caminhos trilhados pelos dois times até a decisão:
Chile:

A seleção do Chile chegou ao torneio como atual campeã, mas, após a substituição do treinador Jorge Sampaoli por Juan Antonio Pizzi, estava cercada de dúvidas, em plena fase de transição, embora entusiasmada com a chance de repetir o título. Em sua primeira partida – uma reedição da final da Copa América anterior – enfrentou uma Argentina sem Messi, mas com a velocidade de Di María. A derrota por 2 x 1 foi um balde de água fria para o dono do cetro futebolístico sul-americano.
Chile 2 x 1 Bolívia
O time de Pizzi chegava à segunda rodada do Grupo D, contra a Bolívia, tendo a obrigação de ganhar ou morrer. A seleção boliviana, que também precisava da vitória para permanecer no torneio, não facilitou a vida da Roja. Arturo Vidal foi o salvador, numa partida travada, que despertou ainda mais dúvidas sobre o jogo chileno, distante do que já havia mostrado de melhor. Dois gols do meia do Bayern de Munique – um de pênalti e com polêmica arbitral – deram fôlego à seleção para permanecer na disputa.
Chile 4 x 2 Panamá
O Chile dependia só de si mesmo para obter a classificação para as quartas de final. Os centro-americanos, também com chances, não se despediram de mãos beijadas, ao contrário do que pode sugerir o placar de 4 x 2 para os chilenos. Apesar da eficácia ofensiva, o time de Pizzi deu arrepios na defesa e pareceu ameaçado de deixar o torneio prematuramente, como aconteceu com Brasil e Uruguai. Mas o final foi feliz. O campeão da América, ainda sob desconfiança, enfrentaria o México nas quartas.
Na segunda fase, o Chile quis eliminar qualquer tipo de dúvidas sobre suas chances de ser bicampeão. Depois das incógnitas deixadas pelas três primeiras rodadas, a Roja virou uma grande maré contra o México, equipe que muitos consideravam candidata ao título. O técnico argentino encontrou o caminho do sucesso, e devolveu o Chile às glórias vividas nas eras Sampaoli e Bielsa. A seleção tricolor foi a vítima do ressuscitado campeão e perdeu uma invencibilidade de 23 jogos. Foi também a pior derrota já sofrida pela seleção mexicana numa partida oficial.

Foi uma longa espera, mais de duas horas, com tormentas e tornados incluídos, mas o Chile conseguiu o que queria: defender seu título de campeão. Bastaram 11 minutos para que a Rojaesmagasse o sonho dos cafeteros. Dois gols, um de Aránguiz (aos 6 minutos) e outro de Fuenzalida (aos 10), confirmavam que o time de Pizzi repetirá a final da edição anterior contra a Argentina.
Argentina:
A seleção argentina chega à sua segunda final consecutiva da Copa América no domingo e repete o duelo da edição passada diante do Chile. Ambas as seleções, que estavam no mesmo grupo, se enfrentaram na primeira rodada, com um resultado favorável para a Alviceleste. A equipe de Gerardo Tata Martino voltou a ganhar da Roja – como já havia feito nas eliminatórias, em março – e começou bem na competição.

A Argentina confirmou sua condição de favorita na segunda partida pelo Grupo D. Messi – poupado contra o Chile devido a uma lesão sofrida no amistoso de março contra Honduras – reapareceu contra o Panamá e marcou três gols.
Argentina 3 x 0 Bolívia
A terceira partida, contra a Bolívia, foi só para cumprir tabela. Os pupilos de Tata passearam pela equipe andina com um placar de 3 x 0, num jogo em que Messi só entrou no segundo tempo, e Lavezzi teve grande atuação.
A Alviceleste continuou seu caminho pelas quartas, etapa em que preciso enfrentar a seleção Vinotinto, que vinha crescendo na competição. Os platinos voltaram a golear, 4x1, com dois gols de Higuaín e um de Messi, que igualou assim o recorde de Batistuta de 54 gols pela seleção. Classificada para a semifinal, a Argentina enfrentaria os EUA, donos da casa.

Na semifinal, a Argentina, fiel à sua eficácia, ganhou de 4x0 da seleção anfitriã do torneio, numa partida em que sua superioridade ficou evidente. Messi voltou a exibir um grande jogo e converteu uma falta com especial maestria. Com esse gol, superou Batistuta e celebrou duplamente: sua condição de novo artilheiro histórico da seleção argentina, com 55 tentos, e a possibilidade de disputar uma nova final.