Karl Landsteiner, o Nobel que descobriu os grupos sanguíneos
Google dedica um doodle à biografia do médico austríaco, que estabeleceu as bases para os descobrimentos sobre o sangue humano, pelo seu 148º aniversário de nascimento
Graças às descobertas de Karl Landsteiner (Viena, 1868), muitas vidas foram salvas. Sua tipificação dos grupos sanguíneos e a compatibilidade entre eles não só tornaram possível a realização de transfusões com total segurança e base científica, como também permitiram que inúmeros recém-nascidos com fator RH diferente do de suas mães viessem à luz com saúde. A justiça também foi beneficiada com isso, graças às análises periciais em disputas relativas à paternidade.
Nesta terça-feira, o Google lembra o 148º aniversário do nascimento de e Karl Landsteiner com um doodle que volta a tirar do anonimato um cientista tão brilhante como fundamental.
Filho de um conhecido jornalista que morreu quando ele tinha apenas seis anos de idade, Karl Landsteiner se formou em Medicina em Viena. Suas primeiras pesquisas em seu instituto de patologia a (inicialmente como assistente e, a partir de 1909, como professor) se centraram na genética do sangue humano, que ele comparou com o de macacos e outros animais.
Karl Landsteiner usou o seu próprio sangue e o de seus colegas de laboratório para realizar a primeira experiência que iria entrar para a história. Depois de separar o soro do sangue dos seus glóbulos vermelhos e misturá-lo com as mostras obtidas, ele percebeu que as reações eram diferentes, o que lhe permitiu estabelecer a existência dos três grupos sanguíneos: A, B e O. Um ano depois, completou a classificação com mais um grupo: o AB.
Depois de emigrar para Nova York (EUA), em 1922, o cientista começou a trabalhar no instituto Rockfeller de pesquisa médica, onde permaneceu até a sua morte, em 1943. Ali, ampliou a sua pesquisa. Em 1927, juntamente com Philipe Levine, Landsteiner vacinou coelhos contra diversas doenças sanguíneas e descobriu antígenos do sangue comuns aos do homem (chamados de M, N e P). Em 1940, com Alexander Salomon Wiener, chegou ao fator RH, um antígeno que provinha do soro de coelhos imunizados com sangue de um macaco da espécie Rhesus.
A comunidade científica premiou os achados de Karl Landsteiner — que também ajudou na identificação do vírus da Poliomielite — outorgando-lhe, em 1930, o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia.
A, B, AB, 0… no son las notas de Karl Landsteiner, sino los tipos de sangre que descubrió. #GoogleDoodle pic.twitter.com/Ak4fPDE28a
— Google España (@GoogleES) June 14, 2016
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