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Argentina eleva o salário mínimo em 33%

Cifra foi definida em reunião do Conselho Nacional do Emprego. Seguro-desemprego também subirá

Operários da construção civil preparam mistura de areia e cimento.
Operários da construção civil preparam mistura de areia e cimento.Ricardo Ceppi

Após um exaustivo dia nas comissões, o ministério argentino de Trabalho, Emprego e Previdência Social anunciou que o salário mínimo nacional subirá de 6.060 para 8.060 pesos (de 1.540 para 2.040 reais). Será o melhor salário mínimo da América do Sul e o segundo melhor da América Latina, atrás apenas do valor praticado no Panamá. Além disso, o seguro-desemprego, que estava muito defasado, será reajustado em 750%.

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Novos protestos diante da sede do ministério provavelmente contribuíram para o resultado da 13ª. reunião do Conselho Nacional de Emprego, Produtividade e Salário Mínimo Vital e Móvel, uma instituição permanente onde ocorre o diálogo entre Estado, empregados e patrões. Além de salários, outros assuntos relativos a relações de trabalho também são discutidos nas reuniões desse órgão, que desta vez teve lugar no Salão Eva Perón.

Durante a manhã, houve reuniões específicas das comissões ministeriais de Salário Mínimo e Ajuda por Desemprego, Produtividade, Emprego e Formação Profissional. Foi criada também uma Comissão para o Fortalecimento do Sistema Previdenciário.

Já à tarde, saiu o anúncio de que a partir de janeiro de 2017 o salário mínimo subirá para 8.060 pesos por uma jornada de oito horas por dia, o que representa um reajuste de 33% sobre o valor atual. O aumento do mínimo será escalonado – para 6.810 pesos a partir de 1º. de junho, 7.560 em setembro e 8.060 em janeiro.

Desta forma, o salário mínimo argentino passará a ser o segundo mais valorizado da América Latina, atrás apenas do Panamá, que paga entre 529 a 677 dólares (segundo a região), superando países como Brasil (245 dólares), Colômbia (229), Chile (373) e México (128).

Finalmente, as partes se comprometeram a impulsionar o funcionamento periódico das comissões e reativar o Observatório de Emprego como um espaço legítimo para a publicação de estatísticas trabalhistas.

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