"Não há possibilidade de eu renunciar. Não renuncio a nada. E vou recorrer e espero ter sucesso no meu recurso", afirma Cunha ao encerrar a coletiva de imprensa.
"Esse julgamento, assodado, que virou urgente porque entraram com uma ação, coisa muito estranha. Entraram com uma ADF na terça-feira. O relator não estava sequer preparado para o voto", afirma Cunha.
"Uma liminar 6 meses depois já não é urgente", questiona.
"Todas essas coisas são muito estranhas e o tempo vai resolvê-lo ", afirma Cunha.
"Duvido que os outros 10 ministros tenham lido no detalhe o contraditório. Não houve essa possibilidade", diz Cunha.
Cunha nega ter feito intervenção no conselho de ética da casa.
Também contestou a frase da presidenta, que mais cedo afirmou sobre a saída dele "antes tarde do que nunca". "Vamos dizer o mesmo na quarta-feira"
Cunha afirma que houve retaliação por ele ter aceitado o pedido de abertura de impeachment.
"Se for da vontade de Deus teremos o afastamento da presidente da República", diz Cunha.
"O próprio voto do Teori ele diz que não há previsão constitucional", diz Cunha. Ele argumenta que o próprio senador Delcídio do Amaral teve a prisão decretada, mas não teve o exercício do mandato suspenso.
"Estranhamente ela é votada depois que o impeachment foi votado", questiona Cunha.
"Obviamente vou recorrer", diz Cunha.
"Respeitamos a Suprema Corte e a decisão deve ser cumprida", afirma Eduardo Cunha em coletiva de imprensa sobre seu afastamento.
Em nota, os partidos de oposição (PSDB – DEM – PPS – PSB) afirmaram que consideram coerente com a decisão final do STF sobre o afastamento de Eduardo Cunha, "apesar do seu caráter extraordinário, excepcional, pontual e individualizado, conforme ressaltou a própria decisão".
"Finalmente, apareceu a verdade da culpa de Cunha. Espero que a verdade da inocência da presidenta Dilma também venha a ser reconhecida", afirmou o ministro da Chefia de Gabinete da Presidência, Jaques Wagner, segundo informação divulgada pela assessoria à Agência Brasil.
Com a decisão de hoje, o STF adia o julgamento de outra ação que também pedia o afastamento de Cunha, essa apresentada pelo partido Rede.
Encerrado o julgamento da AC 4010, que tratava do afastamento de Cunha. Todos os 11 ministros votaram a favor da liminar emitida por Teori Zavascki.
O presidente do STF acompanha o relator. Está formada a unanimidade.
Lewandovski diz que "uma eventual cassação do mandato [de Cunha] continua sob a responsabilidade da Câmara dos Deputados”.
Complementa o presidente do Supremo: “O tempo do Judiciário não é o tempo da política, nem da mídia. Temos ritos, procedimentos e prazos que devemos observar.”