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Segurança máxima em Paris para amistoso entre França e Rússia

França retorna ao estádio Saint-Denis com grande aparato policial

Os jogadores da França, durante um treino.
Os jogadores da França, durante um treino.F. FIFE (AFP)
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Estádio se salvou de um massacre
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Foto: mais de 40.000 espectadores em um estádio para 25.000

Pela primeira vez desde os atentados de 13 de novembro em Paris, a França volta a pisar esta noite (às 16h, horário de Brasília) em um dos cenários dos ataques terroristas que tiraram a vida de 130 pessoas. O conjunto de Didier Deschamps recebe no Estádio de Saint-Denis a seleção russa em meio a um forte esquema de segurança devido à ameaça islâmica. Cerca de 1.500 policiais, militares e agentes de segurança vão assegurar a proteção dos 65.000 torcedores esperados para assistir o encontro amistoso com um aparato policial reforçado, segundo informou em conjunto o Governo francês e a Federação de futebol.

Portugal x Bélgica, lembrando o atentado

A partida entre Portugal e Bélgica deveria ter sido realizada em Bruxelas, mas os atentados do dia 22 na capital belga cancelaram o encontro, assim como aconteceu com a partida Bélgica-Espanha depois do massacre de Paris em novembro. Finalmente, as duas equipes concordaram em jogar a partida, mas mudando a sede, que será realizada na cidade portuguesa de Leiria.

Dada a urgência da transferência, a federação portuguesa anunciou que quem assistiu ao jogo de sábado contra a Bulgária pode entrar no estádio hoje de graça. O resto das entradas será vendido a preços muito acessíveis para encher o estádio Magalhães Pessoa, com capacidade para 21.000 espectadores.

O dispositivo de segurança será, em muitos aspectos, semelhante ao que foi organizado para os três jogos de rúgbi disputados pela França durante o recente torneio das Seis Nações. Serão usados 400 policiais e militares – alguns estarão de civil – nas imediações do estádio, contra 300 soldados uniformizados nas partidas da seleção de rúgbi e os 100 em tempos normais. O acesso ao estádio foi isolado com um perímetro duplo de segurança em uma área na qual está prevista a realização de um primeiro conjunto de controles dos espectadores e de suas mochilas através do uso de revistas corporais e câmeras de segurança.

Dentro do estádio, a federação pretende mobilizar cerca de 1.200 agentes de segurança para garantir a tranquilidade dos torcedores. Outros 100 agentes estarão em um posto de controle localizado antes das bilheterias. Uma equipe das forças especiais da polícia também estará preparada para intervir dentro do recinto a partir de um lugar confidencial do estádio. “A segurança será exemplar”, prometeu há poucos dias o presidente da federação, Noël Le Graët. “Não tememos por nossa segurança”, disse o jogador da seleção e defensor do Arsenal, Laurent Koscielny. “Vivemos momentos dramáticos, mas o Stade de France é o nosso estádio. Vamos para jogar uma partida e para que seja uma linda festa”, disse o técnico, Didier Deschamps, em conferência para a imprensa.

Em 13 de novembro, três suicidas detonaram seu cinto de explosivos perto do estádio, matando um espectador, enquanto era realizado o amistoso entre França e Alemanha, com a presença do presidente François Hollande nas arquibancadas. A investigação revelou mais tarde que os três homens-bomba tentaram entrar no estádio, mas que tiveram o acesso negado por agentes de segurança antes e durante a partida, evitando assim um grande massacre. Estes ataques foram os primeiros de uma série de atentados que sacudiram a capital francesa em uma noite de terror que os parisienses querem deixar para trás, e o jogo desta noite é uma oportunidade para isso.

Griezmann, o líder

Na parte futebolística espera-se que a França repita a boa imagem mostrada na Holanda na última sexta-feira, quando derrotou a equipe laranja por 3 a 2. Os dois atacantes, Griezmann e Giroud, marcaram, o que ajudou a atenuar um pouco o debate sobre se os franceses precisam de Karim Benzema. Alguns meios de comunicação franceses já chamam o atacante do Atlético de Madrid de o novo líder da equipe francesa. Mas não está claro se Deschamps continuará apostando em Olivier Giroud para acompanhá-lo na frente. É previsível que o técnico dê uma oportunidade para Gignac, atacante do Tigres mexicano.

A Rússia chega discretamente, mas não foi derrotada em suas duas últimas visitas à França sendo, na verdade, a primeira equipe que derrotou os franceses em Sant-Denis. O treinador Leonid Slutsky voltará a contar com o goleiro Akinfeev.

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