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Bernie Sanders revigora sua campanha com vitórias esmagadoras

Senador encurta a distância de Clinton após vencer por ampla margem nos caucus de Washington, Alaska e Havaí

Partidária de Bernie Sanders em um caucus de Anchorage, Alaska.
Pablo Ximénez de Sandoval

A campanha do senador Bernie Sanders pela indicação do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos buscava neste sábado um novo impulso com vitórias esmagadoras em três estados do Oeste. Sanders venceu em Washington, Alaska e Havaí, com números recordes de participação e mais de 70% dos votos em todos os casos, e soma cinco dos últimos seis Estados. Os republicanos não votavam neste sábado.

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Trata-se de uma importante injeção de moral antes dos grandes embates de Wisconsin e Nova York, que podem realmente aproximá-lo de Hillary Clinton. A ex-secretária de Estado chegava a este sábado com uma vantagem de 1.223 delegados frente aos 920 de Sanders. A diferença em torno de 300 se manteve por várias semanas. Sanders mantém o ritmo, mas quase não conseguiu reduzir a diferença que deixa Clinton cada vez mais perto da indicação. São necessários 2.383 delegados para garantir a indicação.

A votação mais importante era a do Estado de Washington (Seattle), onde estão 101 delegados. Sanders, que desfruta de um importante apoio econômico com base em pequenas doações, vai levar três de cada quatro desses delegados, o que representa uma mordida significativa nessa vantagem. Sanders sempre deixou claro que levará sua campanha até o final. Suas chances matemáticas de conseguir a indicação são cada vez menores, e ele precisaria ganhar com margens como as deste sábado boa parte das primárias que restam até junho.

Os três Estados deste sábado votavam em caucus (assembleias eleitorais), uma fórmula que vem favorecendo Sanders, como em Idaho e Utah na terça-feira passada. Nas assembleias conta o compromisso dos eleitores. A isto se soma uma composição do eleitorado democrata com muito poucos afro-americanos e hispânicos no noroeste, os grupos que deram as grandes vitórias a Hillary Clinton no Sul. Nesses estados, Sanders fez significativamente mais campanha que Clinton. Na eleição geral são Estados pouco relevantes, ao ponto de quase não se gastar dinheiro em pesquisa com eles.

“Sabíamos que teríamos dificuldades no Sul, que é uma região muito conservadora”, disse Sanders a seus partidários em Madison, Wisconsin, onde já está fazendo campanha. “Mas as coisas melhorariam quando chegássemos ao Oeste”. “Temos um caminho para a vitória”, disse Sanders, que deu a notícia em Washington a seus apoiadores entusiasmados. “Isto é que é um momentum”, acrescentou, em referência a essa sensação de energia que deve impulsionar uma campanha.

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