Banco Central projeta queda de 3,6% do PIB, pior resultado desde 1990
A inflação também será mais alta que a estimada: subiu de 9,5% para 10,8%
Diante de um quadro de deterioração da economia brasileira, o Banco Central revisou suas estimativas e revelou que a recessão no país será ainda mais grave. A projeção agora é que a atividade econômica termine o ano com uma contração de 3,6%, uma queda de quase 1 ponto percentual maior que a prevista anteriormente. Se confirmada, será a maior contração da economia no país em 25 anos: em 1990, o PIB brasileiro ficou em -4,35%.
A inflação de 2015 também será mais alta que a estimada: subiu de 9,5% para 10,8%. Já no ano que vem, os preços irão ceder um pouco, mas o brasileiro ainda terá que conviver com preços altos. Segundo o relatório trimestral de inflação, a estimativa do Índice de Preços Para o Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,3% para 6,2%. O BC também divulgou, pela primeira vez, a previsão da inflação para 2017: 4,8%.
A economia brasileira ainda manterá uma trajetória bem negativa em 2016. A instituição financeira estima que a queda será de 1,9%, um valor bem mais otimista que a de analistas do mercado financeiro que falam em um recuo de 2,8% a 3%. Segundo o Banco Central, o quadro complicado vivido pelo país é um reflexo do desequilíbrio interno e também de um cenário de incertezas associado "a eventos não econômicos". Esta última observação parece aludir à grave crise política que atravessa o Brasil e também à possibilidade de um processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Em seu relatório, o BC também ressaltou a contração na atividade da indústria brasileira e do setor de serviços, além da redução de gastos “com investimentos e consumo". Essas quedas da produção da indústria e do movimento no comércio já cobram fatura na economia.
A arrecadação federal somou 95,46 bilhões de reais em novembro, um tombo de 17,29% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi arrecadado um total de 104,47 bilhões de reais. No ano, a arrecadação é de 1,1 trilhão de reais, e a perda, de 5,8%, de acordo com números divulgados pela Secretaria da Receita Federal nesta quarta-feira.
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