Bala perdida mata criança de dois anos que dormia em favela do Rio
Ruan Bruno Gomes Nunes foi atingido na barriga por uma bala perdida durante um suposto ataque de traficantes contra policiais


Uma criança de dois anos morreu na madrugada deste sábado enquanto dormia em sua casa, na favela Metrô Mangueira, na Zona Norte do Rio. O pequeno Ruan Bruno Gomes Nunes foi atingido na barriga por uma bala perdida. Seus familiares conseguiram leva-lo até um hospital, mas ele não resistiu. A mãe da criança, Gabriela Gomes Nunes de Souza, de 20 anos, que dormia junto ao menino e outra filha no mesmo cômodo, disse ao jornal Extra que um tiroteio começou por volta das 4h. Segundo ela, um grupo de traficantes atirou contra policiais que patrulhavam a favela.
A origem do disparo que matou Ruan ainda não foi esclarecida. Moradores cortaram vias da região como protesto e acusaram à Polícia Militar de ser a autora dos disparos, segundo informou o jornal O Globo. Mas a corporação nega. Segundo a assessoria da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), que atua na comunidade, os agentes estavam acompanhando a saída dos frequentadores de um baile funk, quando bandidos atiraram contra os policiais do alto do morro. Segundo declararam os agentes, eles não revidaram porque tinha muita gente no local e os bandidos estariam atirando de longe, o que dificultava a identificação dos alvos. No entanto, a delegacia ainda precisa checar o uso da munição dos agentes, para verificar a versão que eles deram, segundo informa a assessoria.
Operações policiais e tiroteios nas favelas têm várias crianças como vítimas. Segundo um levantamento da ONG Rio da Paz, já houve sete mortes em 2015. Entre elas a do menino Eduardo, que morreu em abril na porta de casa, no Complexo de favelas do Alemão, enquanto brincava com um celular. A bala de fuzil que atingiu a cabeça da criança foi disparada a apenas cinco metros por um policial durante uma operação contra o tráfico. Em setembro, outro menino de 11 anos morreu durante outra operação policial na favela de Caju, na zona portuária do Rio. Segundo uma testemunha, Herinaldo Vinícius Santana, foi baleado por um policial que se assustou com o menino correndo e o confundiu com um traficante.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
¿Tienes una suscripción de empresa? Accede aquí para contratar más cuentas.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.
Mais informações
Arquivado Em
- Favelas
- Violência policial
- Rio de Janeiro
- Favelização
- Habitação precária
- Ação policial
- Estado Rio de Janeiro
- Pobreza
- Narcotraficantes
- Polícia
- Crime organizado
- Narcotráfico
- Força segurança
- Brasil
- Habitação
- Delinquência
- Delitos contra saúde pública
- América do Sul
- América Latina
- Urbanismo
- América
- Delitos
- Justiça
- Problemas sociais
- Sociedade