_
_
_
_

Governo da Catalunha desafia tribunal e seguirá com resolução separatista

Vice-presidenta do Governo catalão acusa Rajoy de querer 'amordaçar' desejos locais

A suspensão da declaração de independência por parte do Tribunal Constitucional não altera os planos da Generalitat (o Governo da Catalunha). A vice-presidenta do Governo catalão, Neus Munté, esclareceu que o Executivo continua considerando válido o texto, que em seu conteúdo já explicita a desobediência ao Tribunal Constitucional: “A vontade política é levar adiante o mandato do Parlament e a resolução aprovada na segunda-feira”, observou a vice-presidenta, que enfatizou que o texto foi aprovado de maneira democrática, após um debate parlamentar “em que os grupos discutiram a proposta, que finalmente foi votada”. Esse fato, aliado aos resultados de 27 de setembro, dá à declaração que marca o início do processo de independência, segundo Munté, “toda legitimidade”.

Mais informações
Tribunal Constitucional suspende resolução separatista da Catalunha
EDITORIAL | Firmeza e política frente à insurgência
Parlamento da Catalunha aprova declaração de independência

A vice-presidenta catalã evitou usar o termo desobediência, mas ressaltou que o Governo de Mas deve obediência a um Parlamento catalão que tem “a soberania”. Apesar de a resolução apontar 21 cargos considerados responsáveis, Munté ainda não recebeu nenhuma notificação. A vice-presidenta observou também que, uma vez conhecidos os detalhes da suspensão do Tribunal Constitucional, estudarão os motivos a fundo para dar uma resposta jurídica ao recurso.

Munté considerou que o recurso ao Tribunal Constitucional pelo Executivo de Mariano Rajoy evidencia “uma utilização da justiça para amordaçar os desejos de democracia e liberdade dos cidadãos da Catalunha”. A vice-presidenta catalã também respondeu aos argumentos de Rajoy para apresentar o recurso: que o fazia em defesa da democracia e dos direitos dos espanhóis. “Surpreendem-me. Há muito tempo sentimos falta de um Estado que nos defenda. A democracia não está em jogo na Catalunha”, lamentou.

Embora considere que a declaração independentista continue vigente, o Governo catalão em exercício terá muita dificuldade em aplicar um dos principais pontos da resolução, a aprovação de três leis para iniciar o caminho à independência. Enquanto não houver um novo Executivo — a posse de Artur Mas continua no ar — essas normas não podem ser aprovadas pelos canais habituais.

A Associação Catalã de Municípios, com maioria de prefeitos independentistas, pediu às Prefeituras da Catalunha que aprovem moções de apoio à declaração secessionista.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

¿Tienes una suscripción de empresa? Accede aquí para contratar más cuentas.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_