PSDB abraça grupos anti-Dilma e aumenta pressão em Brasília
Parlamentares tucanos recebem 20 grupos que protestam nesta quarta-feira na capital Aécio vê motivo "extremamente forte" para impeachment
O PSDB avança e retrocede nas pressões contra o Governo desde que grupos de brasileiros insatisfeitos com a presidenta Dilma Rousseff tomaram as ruas para protestar. Depois de manterem distância das manifestações pelo "Fora Dilma" e de o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ter comparado o impeachment à "bomba-atômica" (um instrumento de dissuasão, que não deve ser usado), os tucanos parecem enfim ter se rendido ao clamor das ruas. E planejam até enviar uma comissão a Londres para apurar denúncia que, segundo o senador Aécio Neves, indica motivo "extremamente forte" para o impeachment de Dilma.
Nesta terça-feira, parlamentares do PSDB e do Democratas receberam no Congresso Nacional integrantes da Aliança Nacional de Movimentos, que representa 20 movimentos nacionais, entre eles o Diferença Brasil e o Vem Pra Rua, que tem puxado os movimentos contra Dilma. Os representantes dos grupos entregaram aos parlamentares um convite para a apresentação da Carta do Povo Brasileiro ao Congresso Nacional, um manifesto que farão nesta quarta-feira na Praça dos Três Poderes.
O documento reúne reivindicações feitas por manifestantes que foram às ruas nos protestos de 15 de março e 12 de abril — entre elas estão o impeachment de Dilma e a reforma política —, como registrou Aécio Neves em sua página no Facebook, na qual também publicou uma foto em que posa ao lado dos manifestantes. Curiosamente, o próprio Aécio e seu partido foram alvo de críticas na manifestação do último domingo em São Paulo, por supostamente fazer uma oposição fraca ao Governo. Pois ele e os colegas não parecem mais dispostos a ouvir esse tipo de reclamação.
Derrotado por Dilma na última eleição, Aécio informou que "por iniciativa do vice-presidente da CPI [da Petrobras], deputado Antonio Imbassahy, em colaboração com o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, uma comissão especial suprapartidária irá a Londres ouvir o ex-diretor da empresa SBM Offshore, que acusa a Controladoria-Geral da União (CGU) de ter abafado uma denúncia de pagamento de US$ 139 milhões em propinas por meio de contratos da Petrobras para favorecer a candidatura da presidente Dilma Rousseff". O senador se refere a informação publicada nesta terça-feira pelo jornal Folha de S.Paulo.
Segundo o ex-diretor da SBM Jonathan David Taylor, a CGU foi informada por ele entre agosto e outubro de 2014, por meio de depoimentos e documentos internos da empresa, sobre o pagamento de propinas da companhia holandesa à Petrobras. A investigação sobre a questão só viria a ser aberta, contudo, 17 dias após Dilma vencer a disputa eleitoral. "O fato é extremamente grave e se for comprovado indicará que a CGU cometeu crime de prevaricação por ter omitido da sociedade brasileira uma séria denúncia contra o governo em plena campanha eleitoral", diz Aécio.
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