12 fotosAs vozes que pedem a saída de DilmaO que pensam os manifestantes que voltaram às ruas neste dia 12, em São Paulo e no Rio, pedir a saída da presidentaMarina NovaesMarina RossiFelipe BetimSão Paulo - 12 abr. 2015 - 21:42BRTWhatsappFacebookTwitterBlueskyLinkedinLink de cópiaA empresária Juliana Isem, 30 anos, voltou às ruas --novamente seminua-- para protestar contra o Governo. Depois do "sucesso inesperado" que obteve ao tirar a blusa e ficar com os peitos de fora no protesto do dia 15 de março, Isem foi convidada para um ensaio sensual para a revista 'Sexy', cujas fotos foram feitas na manifestação deste domingo. "Eu fiquei surpresa, mas feliz com o carinho das pessoas". Com uma lingerie transparente, ela disse esperar que seu ensaio faça com que a presidenta "ouça o seu recado". "O meu recado é fora PT! Fora Dilma! Eu queria muito que o PT saísse e o impeachment da Dilma, mas acho difícil isso acontecer. Eu queria que quem assumisse fosse o Joaquim Barbosa, mas infelizmente seria o vice", continuou. A empresária não quis revelar quanto ganhará de cachê e negou associação com as entidades que convocaram o protesto. "Foi espontâneo".Marina Rossi Marina NovaesO cabeleireiro Vivaldi Alves, 60 anos, se caracterizou de Dilma Rousseff para protestar em São Paulo. Em seus minutos de fama, ele posou para fotos com manifestantes, e disse que escolheu o visual para "chamar a atenção e ser ouvido". Ele destacou a alta dos impostos e os altos custos para manter seu negócio como um dos motivos de insatisfação com o Governo, e defendeu a intervenção militar temporária, "pra dar uma varrida no país". "Tem que acabar com tudo e começar do zero, não me pergunte como."Marina NovaesPara o professor de idiomas Marcus, um alemão que mora no Brasil há seis anos, a manifestação deste domingo é contraditória: "Acho que a maioria das pessoas que esta aqui [na avenida Paulista] se aproveita, de alguma maneira, do 'jeitinho brasileiro', que nada mais é que corrupção", opinou. Vestido de vermelho, o professor --que afirmou ter ido apenas "dar uma olhada" na manifestação-- ressaltou que não apoiava o PT. "Se alguém quiser bater em mim por causa da minha camiseta, digo que sou estrangeiro."Marina RossiO estudante Fabio Freire, 27 anos, mora em Itaboraí, a mais de 40 Km do Rio. Viajou a Copacabana para mostrar “indignação” e “lutar por um país melhor”. Ele defende o impeachment de Dilma.Felipe BetimA aposentada Nazareth Fairbanks, 75 anos, faz parte de uma minoria que levou a pauta da reforma política para as ruas neste domingo. Ela, que diz participar de manifestações "desde 1964", criticou o fato de alguns manifestantes pedirem a volta dos militares ao poder e de a reforma política "ser um assunto esquecido". "Eu queria que a Dilma saísse. Mas é impossível. E a reforma política é um assunto esquecido, pela imprensa e pelos manifestantes", disse a aposentada, segurando dois cartazes. "Ditadura nunca mais. Se a Dilma mentiu, eles (os militares) mentiram muito mais", afirmou.Marina NovaesLizandra de Almeida, de 18 anos, estava na fila para subir no caminhão de som do grupo 'As Ruas'. "Estou aqui porque sou contra a Dilma e o Governo dela, que deixou nosso país na miséria". Quem entraria no lugar de Dilma? "O vice dela, não me lembro o nome dele agora".Marina RossiO pintor Mauro Célio Cabral Bezerra, carregava uma placa dizendo que veio da "terra do Lula". Ele nunca votou no PT, se disse contra o programa 'Bolsa Família', mas a favor do 'Minha Casa, Minha Vida'. "Sou contra doação de cesta básica e o bolsa família. As pessoas têm que ter emprego e não receber esmola", disse ele, que votou em Aécio Neves em 2014. "Se eu fosse presidente daria mais emprego pras pessoas. Eu trabalho pendurado em corda pintando os prédios e hoje vivo só de bico. Não tem mais emprego".Marina RossiO ator de teatro Toninho Billask, 48 anos, fez um discurso inflamado contra o PT, no trio elétrico do Movimento Brasil Livre. Ao microfone, ele chamou o ex-presidente Lula de "ladrão e assassino" e pediu que todos os manifestantes "falem mal do PT todos os dias, até na padaria". Mas também sobrou para a oposição que, segundo ele, "ainda não mostrou a que veio". "Fazer vídeo do YouTube é fácil, Aécio Neves. Quero ver subir aqui com a gente!", discursou.Marina NovaesO engenheiro da Petrobras Luciano Kaluf, de 36 anos, voltou às ruas acompanhado de amigos para protestar, em Copacabana, por uma “nova maneira de se fazer política”. Para ele, os escândalos da empresa para a qual trabalha é uma mistura de ingerência política e a decisão de se fazer varias obras ao mesmo tempo. “Entrou muito dinheiro, decidiram fazer varias coisas e se perdeu o controle”. Mas disse acreditar que ainda é muito cedo para pedir o impeachment da presidenta Dilma. “Primeiro devemos investigar e, a partir das conclusões, tomar as medidas”.Felipe BetimO arquiteto Dalton Rodrigues dos Santos, 54 anos (agachado, ao centro), não quer apenas o impeachment da presidenta Dilma e de seu vice, Michel Temer, ele quer também novas eleições e "a cassação dos presidentes da Câmara e do Senado, e de metade do Congresso". "O PMDB é uma hiena que se alimenta da carniça que o PT deixa. Não dá para deixar o Brasil na mão deles. Precisa tirar pelo menos metade do Congresso pra mudar alguma coisa no Brasil", disse.Marina NovaesDuas amigas dizem se unir contra o PT “desde a época do [ex-presidente Fernando] Collor”. Na manifestação em Copacabana se destacavam por pedir intervenção militar temporária “para limpar a sujeira” e, depois, entregar o país a civis sem “filiação partidária”.Felipe BetimA dona da casa Ana (que preferiu não revelar seu sobrenome), acredita que o impeachment não é a solução, embora tenha ido ao protesto em São Paulo protestar contra o PT. "Tirar a Dilma não adianta. Porque quem entra é o [Michel] Temer e dá na mesma. Só vamos conseguir mudar tudo isso nas próximas eleições, o que já é grande coisa. Até lá, Dilma tem que sangrar", disse, com uma faixa contra o Lula nas mãos.Marina Rossi