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Tempestade deixa sete mortos e 19 desaparecidos no Chile

Governo Bachelet decreta estado de exceção nas regiões de Atacama e Antofagasta

Rocío Montes
Moradores observam o transbordamento do rio em Copiapó, Chile.
Moradores observam o transbordamento do rio em Copiapó, Chile.AFP

Enquanto incêndios florestais continuam ativos em áreas diferentes do sul do Chile, atacando cerca de 5.700 hectares da reserva ecológica de China Muerta, o norte do país enfrenta o maior desastre natural dos últimos 80 anos causado por chuva, com sete mortos e 19 desaparecidos. Antofagasta, Atacama e Coquimbo, três regiões desérticas que até segunda-feira sofriam secas intensas, receberam em questão de horas chuvas equivalentes às de um ano inteiro. Desde a terça-feira, enxurradas, rios transbordando de suas margens, estradas interrompidas, desabamentos de pontes e apagões elétricos causaram um volume ainda indeterminado de prejuízos. Apenas à luz do dia e com o passar das horas é que as autoridades começaram a quantificar os estragos.

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“A situação é sumamente difícil”, assinalou na noite de quarta-feira a presidenta Michelle Bachelet, que viajou à região mais afetada, Atacama, para liderar uma reunião com as autoridades locais. “O Governo está fazendo tudo o que é humanamente possível.”

O subsecretário do Interior, Mahmud Aleuy, confirmou a morte de sete pessoas e o desaparecimento de outras 19. De acordo com o informe oficial, embora a emergência seja complicada em toda a região, a situação é especialmente crítica em três locais de Atacama: Alto del Carmen, Tierra Amarilla e Diego de Almagro, que estão com os acessos terrestres cortados. As autoridades locais fizeram relatos dramáticos através da mídia. “A situação é caótica”, disse à CNN esta tarde Manuel Palacios, comandante do corpo de bombeiros de Taltal, onde ocorreu novo deslizamento de terra.

Aleuy indicou que 614 pessoas na região de Antofagasta e cerca de 1.500 em Atacama foram levadas a abrigos temporários e que ainda não foi determinado o número total de vítimas. O Governo e as autoridades locais estão se concentrando agora em atender às necessidades imediatas da população, como salvar vidas e levar alimentos à população afetada. Enquanto isso, a previsão meteorológica é que as chuvas percam intensidade durante esta quinta-feira.

O Executivo chileno declarou estado de exceção constitucional, e cerca de 2.400 efetivos de áreas diferentes estão trabalhando nas regiões afetadas. “Lançamos um apelo contra a especulação com os preços dos alimentos e em especial da água”, disse o subsecretário do Interior. “Em situações como esta, é preciso fazer um esforço para não tirar proveito da necessidade das pessoas.”

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