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Espanha aprova nesta sexta-feira o envio de militares para o Iraque

Governo espanhol enviará instrutores para auxiliar o exército iraquiano na luta contra o EI

Miguel González

O Conselho de Ministros da Espanha prevê a aprovação, na sexta-feira, do envio de um contingente de militares para o Iraque para instruir o Exército iraquiano, dentro da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos para lutar contra o autoproclamado Estado Islâmico. O ministro da Defesa, Pedro Morenés, irá ao Congresso para informar sobre essa nova missão e pedir a aprovação prevista na Lei de Defesa Nacional de 2005.

Além do envio de instrutores, que implicará na presença de militares espanhóis em solo iraquiano pela primeira vez após a retirada das tropas uma década atrás, o Governo autorizará o uso das bases de Rota (Cádiz) e Morón de la Frontera (Sevilha) como rota para as forças da coalizão antijihadista e a entrega de equipamentos para o Exército iraquiano e as milícias curdas (peshmergas), com o sinal verde do Governo de Bagdá. Inicialmente está prevista a entrega de material militar não letal, ainda que se mantenha aberta a porta para a doação de armamento.

A Espanha também ofereceu apoio para o transporte estratégico – ou seja, transporte de material e pessoal ao local das operações –, assim como aviões tanque de reabastecimento em voo e capacidades de comando, controle e inteligência. A divisão das funções entre os países que participam da coalizão foi feita no quartel general do Comando Central dos EUA, com base em Tampa (Flórida), para onde a Espanha mandou um general e sete oficiais.

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Em declarações para a emissora de rádio CADENA SER, o ministro da Defesa, Pedro Morenés, excluiu somente o uso de tropas de combate espanholas na região e a participação nos bombardeios que os EUA e outros aliados estão realizando sobre bases do EI no Iraque e na Síria. Morenés assegurou que a Espanha participa da coalizão antijihadista “desde o começo” e que a missão atual nada tem a ver com a invasão do Iraque em 2003, já que “as circunstâncias são diferentes”.

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