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São Pedro de Alcântara, um ‘castigo’ do Estado

Denúncias de torturas em presídio começaram com ataques em 2012

Ônibus incendiado na semana passada.
Ônibus incendiado na semana passada.G. Kuerte (RBS/Folhapress)

Em janeiro de 2013, 70 detentos foram enfileirados contra a parede do Presídio Regional de Joinville. Nus, sentados no chão, mãos na cabeça. A tropa de elite das prisões catarinenses executou seu treinamento. Eles receberam salvas de balas de borracha, que a curta distância, perfuram a pele.

Mas foi no dia 12 de novembro de 2012 que a população havia tomado conhecimento do PGC, com uma primeira onda de atentados que durou uma semana. Na ocasião, foram registrados 58 ataques em 16 cidades. Cartas jogadas próximas aos ônibus queimados descreveram os maus tratos, que motivaram também a segunda onda. Nesta, entre os dias 30 de janeiro e 20 de fevereiro de 2013, foram 111 atentados em 36 cidades.

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Na ocasião, a ouvidora do Sistema Penitenciário Nacional Valdirene Daufemback cobrou, através de uma carta, medidas do Governo do Estado. “É conhecida por essa ouvidoria a cultura institucional instalada em São Pedro de Alcântara desde sua inauguração, um estabelecimento tido como o ‘castigo’ do Estado, onde são recorrentes as denúncias de torturas”.

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