Os EUA reúnem uma coalizão de 10 países para combater os jihadistas
A aliança contaria no momento com Reino Unido, Alemanha, França, Canadá, Austrália, Turquia, Itália, Polônia e Dinamarca
![Lucía Abellán](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/https%3A%2F%2Fs3.amazonaws.com%2Farc-authors%2Fprisa%2Fedf41fa9-ff1c-4e26-a54a-2a73e563e5b5.jpg?auth=46e5d0084352962bc59788c5c734f33691e83ce3c263e96f1124698bad2cf2d1&width=100&height=100&smart=true)
![O presidente Obama, o primeiro ministro britânico Cameron e o secretário geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, em Newport (País de Gales).](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/PDN3UO7DPF2LZVKWRNA3DKVFBQ.jpg?auth=55271fcfaa0f0f691c003a059221fb55be654f937d4b2de9c28960cdb262f662&width=414)
Os Estados Unidos estão formando um núcleo central de países aliados na luta contra o grupo fundamentalista Estado Islâmico (EI), formado por jihadistas e atuantes desde o nordeste da Síria até o noroeste do Iraque. Segundo as discussões travadas nos corredores da reunião da OTAN realizada ontem e hoje no País de Gales, a linha vermelha dessa coalizão, formada por dez países, seria para fazer o posicionamento estratégico de tropas no território.
A aliança entre os países foi forjada em conversas durante o jantar de ontem em Cardiff. Os espectadores da reunião concordaram que a ameaça do EI é maior do que a do Al Qaeda no Afeganistão e que também vale bombardear.
O secretário geral da Aliança, Anders Fogh Rasmussen, explicou nesta sexta-feira que os chefes de Estado e de Governo tiveram “uma discussão muito meticulosa” sobre a crise no Oriente Médio e que foram abertas duas vias de resposta dos aliados. A primeira são os ataques que, individualmente, o grupo de países pretende realizar. “Comemoro essas decisões porque a comunidade internacional deve fazer todo o possível para deter o chamado Estado Islâmico”.
A segunda é resposta oficial da OTAN. Sua principal função será a de “exercer um papel de coordenação” entre os países que intervenham na região. Rasmussen citou um plano para compartilhar inteligência militar e especificamente para trocar informação sobre os chamados combatentes estrangeiros, jihadistas (em boa medida europeus) que viajam para o Oriente Médio para envolver-se no conflito, em favor dos grupos mais radicais como o EI.
O outro papel, já esboçado nesta quinta-feira, consiste em ajudar o Governo iraquiano na formação de suas forças armadas, se houver um pedido de Bagdá, segundo Rasmussen. A formação dessa coalizão foi um dos objetivos essenciais do presidente norte-americano Barack Obama durante a reunião da Aliança Atlântica. Um mês depois do início dos bombardeios dos EUA em apoio às forças iraquianas e depois do assassinato dos repórteres norte-americanos James Foley e Steven Sotloff, o presidente Obama quer intensificar sua ofensiva contra os jihadistas, mas com o apoio de outros países.
“Precisamos atacá-los [o EI] para evitar que conquistem territórios, para reforçar as forças de segurança iraquianas e outras forças da região que estejam prontas para combatê-los, sem comprometer nossas próprias tropas”, afirmou o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, segundo a agência Reuters. A coalizão seria formada no momento por Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Canadá, Austrália, Turquia, Itália, Polônia e Dinamarca.