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Robin Williams tinha mal de Parkinson

Segundo a viúva, o ator tinha acabado de descobrir o diagnóstico

Robin Williams no filme ‘Good Morning Vietnam’, de 1987.
Robin Williams no filme ‘Good Morning Vietnam’, de 1987.EFE

Um diagnóstico inesperado veio se juntar à depressão e aos vícios. Robin Williams, que se suicidou na segunda-feira em sua casa em Tiburón (São Francisco), tinha acabado de saber que sofria de mal de Parkinson. Susan Schneider, a viúva, explicou em um comunicado que o ator sabia que estava numa fase inicial da doença e não tinha intenção de torná-la pública.

“Robin passou grande parte da vida ajudando os outros. Seja divertindo milhões no teatro, no cinema ou na televisão, ou nossas tropas da linha de frente, ou confortando uma criança doente – Robin queria nos fazer rir, para que nos sentíssemos menos assustados”, diz ela.

A viúva aproveitou para esclarecer alguns dados que, em respeito à privacidade, não foram divulgados durante a coletiva de imprensa com o xerife na terça-feira. Entre eles, o fato de que estava sóbrio quando tirou a própria vida.

Schneider despediu-se com um desejo: “Nossa esperança é que, com o falecimento trágico de Robin, outros encontrem forças para buscar a ajuda e o apoio de que precisam para enfrentar a batalha que estiverem enfrentando”. Enfatiza o seu legado, três filhos e “a alegria e a felicidade com que se dedicou aos outros para que enfrentassem os seus momentos ruins”.

Apesar da onda de carinho vinda dos colegas de profissão e artistas, as redes sociais, especialmente o Twitter e o Instagram, tornaram-se terreno fértil para o assédio. Na quarta-feira, sua filha Zelda decidiu encerrar seus perfis em ambos os serviços. Não sem o humor, marca registrada da família: “Àqueles que estão enviando negatividade, saibam que, em troca de algumas de suas risadinhas, meu pai está mandando um bando de pombos a sua casa para cagarem no carro que vocês acabaram de lavar. Afinal, ele gostava de rir também”.

Frances Bean, filha de Kurt Cobain, que também se suicidou quando ela era bebê, não hesitou em oferecer apoio: “Você tem uma alma incrivelmente bela. Te amo, mas você já sabia disso. Em qualquer lugar, em qualquer momento que precisar de mim, estarei lá”. Del Harvey, vice-presidente do Twitter, explicou que vão estudar o caso para que não se repita: “Não vamos tolerar esse tipo de abuso no Twitter. Já suspendemos várias contas por isso, mas, obviamente, temos de manejar melhor situações trágicas como esta”.

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