O Rei não assistirá à proclamação do príncipe Felipe no Congresso
Dom Juan Carlos quer que Felipe VI seja o centro das atenções nesse dia Estarão presentes a Rainha e a infanta Elena. Dona Cristina não comparecerá
O rei Juan Carlos não assistirá a proclamação de seu filho em 19 de junho “para que o novo rei seja o centro das atenções", disseram fontes da Zarzuela, como é conhecida a residência da monarquia espanhola. Dom Juan Carlos acompanhará a cerimônia em palácio. Estarão presentes a rainha, as duas filhas dos novos Reis, Leonor e Sofía, a infanta Elena e as irmãs de dom Juan Carlos, dona Pilar e dona Margarita, mas não comparecerão a infanta Cristina e seu marido, imputados no caso de corrupção Nóos. A filha caçula dos Reis não participa da vida oficial da família real desde outubro de 2011, quando estourou o escândalo.
A agenda começará às 9h30 (4h30 no horário de Brasília), quando Dom Juan Carlos passa a faixa de capitão geral para o filho – que, ao ser proclamado rei, se torna chefe das Forças Armadas – na sala de audiências do Palácio de La Zarzuela. Às 10 da manhã, Dom Felipe, trajando o uniforme de gala do Exército, dona Letizia, a nova princesa de Astúrias (dona Leonor) e sua irmã, a infanta Sofia, irão de carro para a Câmara dos Deputados. Às 10h30, os representantes das forças armadas farão uma homenagem ao novo rei na Carrera San Jeronimo, uma rua do centro de Madri. Dom Felipe será recebido pelas autoridades na Porta dos Leões, aberta apenas em ocasiões excepcionais – a última, para o velório do ex-premiê Adolfo Suárez, falecido em 23 de março – entrará na Câmara e, então, terá início a cerimônia da proclamação, que durará aproximadamente uma hora.
Felipe VI prestará juramento e fará seu primeiro discurso, no qual exporá as linhas gerais de seu reinado. Concluído o ato, os Reis passarão à escadaria da Porta dos Leões de onde presidirão, em companhia da princesa de Astúrias e da infanta Sofía, um desfile militar.
A partir das 11h30, os novos Reis percorrerão a área central de Madri em automóvel para cumprimentar a população. Chegando ao Palácio Real, farão uma saudação no balcão central. Nesse momento juntam-se a eles dom Juan Carlos e dona Sofia, a princesa das Astúrias e sua irmã Sofía. Às 13h terá início uma recepção especial nos salões do Palácio Real, o último evento previsto para esse dia. Tanto na sexta-feira como no sábado haverá atividades públicas, mas o palácio ainda não confirmou quais serão.
Nenhum chefe de Estado ou representante de casa real estrangeira virá à cerimônia. A Casa Real atribuiu as ausências à "falta de tempo e espaço". "Esses atos foram concebidos para ter a solenidade e a dignidade exigidas pelos eventos históricos", disse um porta-voz da Zarzuela, sem perder de vista "os critérios recomendados pelos tempos de austeridade". "Tudo isso", acrescenta, "sem esquecer a proximidade e a decisão de celebrar a proclamação do novo rei com os cidadãos que quiserem participar dos eventos nas ruas e praças de Madri, que serão decoradas para a ocasião". A Casa Real procura um meio termo entre a pomposa proclamação de Willem e Maxima como reis da Holanda, que custou mais de 10 milhões de euros (cerca de 30 milhões de reais), e a discreta cerimônia da casa real belga.
Dom Felipe recusou a pompa e a celebração de uma missa - como ocorreu na proclamação de seu pai - em respeito à natureza secular do Estado, de acordo com fontes da Zarzuela.
Em 18 de junho, será realizado o ato solene de sanção e promulgação da lei de abdicação. O evento ocorrerá às 18h (13h em Brasília) no salão das colunas do Palácio Real de Madri, com a participação de 150 convidados, representando as principais instituições. Dom Juan Carlos assinará sua última lei, a da própria abdicação, após 39 anos de reinado. Estarão presentes os novos Reis, dom Felipe e dona Letizia.
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