_
_
_
_
_

Ronaldo se defende da fama de “oportunista”, mas cria outra polêmica

Em sabatina do jornal Folha de S.Paulo, o ex-jogador afirma que a polícia tem que "descer o cacete" em "vândalo" que participa dos protestos

O ex-jogador Ronaldo Nazário defendeu-se, em uma sabatina do jornal Folha de S.Paulo, das acusações de que ele havia sido "oportunista" ao criticar a implementação dos projetos da Copa no Brasil.

Em entrevista à Reuters, ele havia afirmado na última sexta-feira que sentia vergonha da "incapacidade do país". A afirmação foi feita um mês depois de ele aparecer ao lado de Aécio Neves, principal opositor da presidenta Dilma Rousseff nas eleições de outubro deste ano, e chamá-lo de "futuro presidente do Brasil". Logo depois da divulgação da entrevista dada à Reuters, Ronaldo foi acusado de estar de olho no Ministério dos Esportes, no caso de uma vitória de Aécio.

"Eu não tenho ambição política, nenhum acordo com ninguém. Eu quero ver meu país bem, com as condições que o povo merece", disse ele aos jornalistas da Folha.

"Tinha esperança de que isso [a melhoria da infraestrutura] acontecesse, de última hora, mas acontecesse. Especificamente as obras de infraestrutura, que é o que fica de legado para a população. Minha opinião é sincera. Eu não tenho nenhuma ligação política", completou.

Na última segunda-feira, entretanto, logo após a entrevista da Reuters o jornal "Valor Econômico" divulgou uma entrevista com o ex-jogador em que ele afirmava que votaria em Neves, a quem chamou de "amigo". "Eu voto no Aécio. (...) Minha amizade com Aécio tem 15 anos. Ele foi o único cara que eu apoiei publicamente (...) Sempre tivemos uma amizade muito forte e agora vou apoiá-lo. É meu amigo, confio nele e acho que é uma ótima opção para mudar o nosso país", afirmou.

Na mesma sabatina, Ronaldo entrou em uma nova polêmica: disse que a polícia tem que "baixar o cacete" em "vândalos" durante as manifestações contra a Copa. As polícias que atuaram nos atos iniciados em junho do ano passado foram acusadas de serem extremamente violentas por alguns setores da sociedade, agredindo, inclusive, jornalistas que trabalhavam nos atos.

“Acho que os protestos são sempre válidos. Mas a partir do momento que tem vândalos no meio, mascarados, a segurança pública tem que conter esses infratores. Acho que o povo brasileiro vive um momento que parece que realmente acordou. E está exigindo melhoria de todos os setores. Sobre os vândalos, tem que baixar o cacete mesmo. Mas a população tem que protestar mesmo, só que sem violência", completou.

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_