As Pussy Riot são libertadas
María Aliójina e Nadezhda Tolokónnikova estavam presas há quase dois anos
María Aliójina e Nadezhada Tolokónnikova, integrantes do grupo punk russo Pussy Riot, saíram nesta segunda-feira da prisão após quase dois anos. Aliójina -que saiu da prisão pouco depois das nove da manhã- queria recusar a anistia geral decretada pelo presidente, Vladímir Putin em virtude da qual ficou livre, mas não tinha maneira legal de fazer isso, segundo explicou. Para ela, a anistia aprovada pela Duma Estatal (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) não é um ato humanitário, mas um movimento para melhorar a imagem do regime.
Imediatamente após sair da prisão, Aliójina dirigiu-se ao escritório do Comitê contra Torturas, onde teve um encontro com ativistas de direitos humanos. Mais tarde, declarou à imprensa que pensava dedicar-se à defesa dos direitos humanos e espera contar para isso com o apoio da seu colega, Nadezhda Tolokónnikova, que foi libertada às duas horas da tarde, no horário local de Moscou.
Aliójina deseja concentrar-se nos problemas das instituições fechadas, como os campos de prisão, os prisões e os hospitais psiquiátricos. A Pussy Riot cumpria sua pena em um campo da província de Nizhni Nóvgorod, a 400 quilômetros ao leste de Moscou e pensa em viajar à capital russa na noite da segunda-feira.
"Se pudesse, recusava a anistia", declarou, acrescentando que a considera uma farsa, já que beneficia menos de 10% dos condenados.
A Aliójina faltavam só três meses para terminar de cumprir a condenação a dois anos que obteve junto de outras duas jovens -Tolokónnikova y Yekaterina Samutsévich- por encenar em fevereiro de 2012 uma prece punk na catedral de Cristo Salvador de Moscou, em que rogavam para a Virgem Maria para que tirasse Putin do Kremlin. Acusadas de "vandalismo e incitação ao ódio religioso", no julgamento sustentaram que a ação tinha fins políticos e que não estava dirigida contra os crentes ortodoxos. O Tribunal Supremo pediu recentemente uma revisão da condenação por considerar que tinham sido cometidas uma série de irregularidades durante o processo.
Cinco integrantes do grupo participaram da prece punk, mas duas conseguiram escapar e depois abandonaram o país. Samutsévich foi posta em liberdade condicional em outubro de 2012 por decisão do Tribunal Municipal de Moscou.
A anistia que permitiu a liberdade das Pussy Riot foi aprovada pelo parlamento russo em razão do 20º aniversário da Constituiçnao e beneficia cerca de 12.000 pessoas, entre elas os 30 ecologistas do navio Artic Sunrise, do Greenpeace, que foram presos em setembro passado no Ártico por tentativa de ocupação de uma plataforma de perfuração petrolífera.
O magnata petroleiro Mijáil Jodorkovski que foi posto em liberdade neste sábado, não se beneficiou desta anistia, mas obteve o indulto do presidente Vladimir Putin depois de lhe escrever uma cartaem que explicava que sua mãe estava doente. O multimilionário viajou a Berlim em um avião privado imediatamente após sair da prisão e em sua primeira coletiva de imprensa na capital alemã declarou que não tem intenções de recuperar os ativos da perdidos da petroleira Yukos nem de lutar pelo poder na Rússia.
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