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Champions League
Coluna
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O futebol antes era o esporte do povo

Aquele que queira estar em Cardiff em 3 de junho, no sábado, que prepare o bolso

Uma réplica da taça da Champions League, acima do Castelo de Cardiff.
Uma réplica da taça da Champions League, acima do Castelo de Cardiff.Rebecca Naden (REUTERS)
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O futebol começou sendo o esporte do povo e, neste momento, está sendo negócio da UEFA. 18.000 entradas para cada clube para essa final da Champions League a preços quase proibitivos. Aquele que queira estar em Cardiff em 3 de junho, no sábado, que prepare o bolso. As entradas mais baratas custam 71 euros e as mais caras, 460. Mas o difícil será encontrar voos, e, se encontrar, são de 600 euros para mais, sem citar que terá que ir a outras cidades ao redor da capital galesa, e terá que ir de carro, de trem ou com o que tenha que utilizar.

E, é claro, encontrar hotéis. Em Cardiff já é impossível. Um dos últimos poucos hotéis disponíveis, o mais luxuoso da cidade, custava mais de 1.300 euros por noite. O resto são casas, por exemplo, a cinco quilômetros do estádio, por 3.900 euros para quartos com quatro pessoas. Vai sair cara a noite. Ou compartilhar vagas em uma beliche por 120 euros para cada beliche, mais o preço da entrada. Assim, somados hotel, voo e outras necessidades, além do preço da entrada, aquele que tenha a sorte de conseguir ir ao estádio terá que quebrar alguns créditos.

Isso, repito, era o esporte do povo, mas a UEFA colocou a final em Cardiff para fazer isso a 18.000 madridistas e 18.000 torcedores da Juventus. Embora eu tenha a impressão de que, em vez de 18.000 de cada um dos clubes, entrassem 50.000, se encheria igual.

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