Republicanos se preparam para livrar Trump do impeachment no Senado

45 dos 50 senadores do Partido Republicano votam pela inconstitucionalidade do julgamento político porque o magnata já está fora do poder nos EUA. Destituição deixaria Trump inelegível

O republicano Rand Paul no Senado dos EUA.AP

Antes de entrar na Câmara, o senador republicano Rand Paul declarou que a proposta de impeachment da Câmara dos Representantes havia nascido morta. Sua declaração se tornou realidade quando, pouco depois, forçou uma votação no Senado sobre a inconstitucionalidade do impeachment contra Donald Trump. 45 do total de 50 senadores juntaram-se a Paul e evidenciaram a quase certa exoneração do agora ex-mandatário quando o julgamento começar em 9 de fevereiro. Mais de um terço do Senado se opõe a julgar Trump.

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Enquanto o ato processual de juramento dos senadores que julgarão Trump acontecia na segunda-feira, o senador pelo Kentucky Rand Paul levantou uma objeção. Paul afirmou que o impeachment é destinado a alguém que está no exercício de seu cargo no poder e que Trump já não é presidente. A esse argumento, ademais, o senador por Kentucky acrescentou o fato de considerar que “o julgamento condenará nosso país a mergulhar nos esgotos do rancor e das críticas, algo que nunca aconteceu antes na história da nação”.

Diante da surpresa dos democratas com a discrepância de Paul, os primeiros pediram uma votação para derrubar a proposta do político do Kentucky e foi então que 45 senadores republicanos manifestaram que consideravam o impeachment do presidente inconstitucional. Apenas Mitt Romney, de Utah; Ben Sasse, de Nebraska; Susan Collins, do Maine; Lisa Murkowski, do Alasca e Pat Toomey, da Pensilvânia abandonaram o Partido Republicano e se alinharam com os democratas.

O que prova a votação que aconteceu na tarde de segunda-feira em Washington no Senado é o futuro resultado que aguarda o impeachment contra Donald Trump: a exoneração. E pela segunda vez. Para que o ex-mandatário pudesse ser condenado por “incitação à insurreição” —acusação que lhe foi feita depois do assalto ao Congresso no dia 6 de janeiro— é necessária uma maioria qualificada de votos no Senado, o que significaria que 17 senadores republicanos deveriam votar em consonância com os democratas em fevereiro. De forma significativa, já que todo esse tempo tem afirmado que não havia decidido se Trump deveria ser processado ou não, o todo-poderoso Mitch McConnell, ex-líder da maioria no Senado, apoiou a proposta de Paul, indicando que está de acordo com a inconstitucionalidade do impeachment.

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