Um mês após megaexplosão em Beirute, incêndio no porto volta a deixar Líbano em alerta

Nuvens de fumaça saem das chamas que envolvem um depósito de óleo e pneus, mas ainda não há informações sobre vítimas

Bombeiros tentam controlar o incêndio em armazém no porto de BeiruteWAEL HAMZEH (EFE)
Agencias
Beirute -

Uma incêndio no porto de Beirute deixa a capital libanesa em alerta, pouco mais de um mês após a devastadora explosão que destruiu o local e provocou dezenas de mortes. Desta vez, o incêndio - cujas causas ainda não são conhecidas - se concentra em um depósito de óleo e pneus do local. Uma grande coluna de fumaça sai das chamas e se espalha pela cidade, que continua recolhendo os destroços e remanescentes da explosão de 2.750 toneladas de nitrato de amônio, armazenadas em péssimas condições, no início de agosto.

O diretor interino do porto, Bassem al Kaissi, indicou que o incêndio começou em alguns tambores de óleo, antes de se espalhar para os pneus. “Ainda é muito cedo para saber se foi o resultado do calor ou um erro humano”, acrescentou.

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No local dos acontecimentos estão trabalhando destacamentos da Guarda Civil e do Exército do Líbano, enquanto helicópteros tentam controlar as chamas. A Cruz Vermelha do país informou que tratou uma pessoa que apresentava sinais de asfixia e disse que não há informações sobre a existência de vítimas fatais. Seu secretário-geral, Georges Kettané, descartou “qualquer risco de explosão”.

A televisão local mostrou imagens de bombeiros e helicópteros com contêineres de água para apagar o fogo na zona franca do porto, a principal do país. Nesta semana, outro incêndio já havia ocorrido entre os escombros da área, mas foi rapidamente controlado.

A explosão de 4 de agosto, que deixou pelo menos 190 mortos e mais de 5.000 feridos, gerou protestos no país e desencadeou a renúncia do então primeiro-ministro Hassan Diab. O país ficou sem um líder de governo até o último dia 31, quando assumiu Mustapha Adib, ex-embaixador do país na Alemanha.




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