Maracanã atrai os olhares de toda a América, com uma final coroada pelo clássico da rivalidade latina
Brasil é favorito contra a Argentina para fechar a Copa América 2021, num torneio altamente influenciado pela covid-19
A Copa América não poderia ter um cartaz mais chamativo ao futebol do que uma final entre Brasil e Argentina no Maracanã. Até mesmo a Eurocopa, na expectativa pelo título que Inglaterra e Itália disputarão em Wembley (domingo, 16h de Brasília) estará ligada no superclássico que é realizado desde 1914 (sábado, 21h). O duelo da Canarinho com a Alviceleste dá glória e honra a um torneio que foi difícil de acompanhar, jogar e organizar pela covid-19.
A importância do jogo explica a autorização da prefeitura do Rio de Janeiro em caráter excepcional para que 7.200 torcedores estejam presentes, 10% da capacidade do estádio da emblemática cidade brasileira. O futebol não foi especialmente atrativo até agora e as figuras de destaque foram igualmente escassas, mais uma razão para enfatizar o duelo coletivo entre brasileiros e argentinos, e também o individual entre Neymar e Messi.
“Vou jogar a final que sempre sonhei”, afirma Neymar, após resistir a participar da Copa. E Messi responde: “Será duríssimo”. A Canarinho é a anfitriã e a atual campeã ― tem nove títulos ― e sua última derrota foi em novembro de 2019 em um amistoso justamente com a Argentina, vencedora do torneio 14 vezes, a última em 1993, e perdedora por dois a um no balanço das três finais realizadas contra o Brasil.
A equipe de Neymar parte como favorita pela condição de mandante e pela solidez entregue por Thiago Silva, Marquinhos e Casemiro. A ausência de Gabriel Jesus por suspensão não preocupa Tite. O técnico tem um plano para deter Messi: “Sei como marcá-lo, mas não vou dizer”, anuncia o técnico da Canarinho. Messi já fez quatro gols, dois de falta e um de pênalti, e joga mais livre e também mais comprometido do que nunca com a seleção de Scaloni.
O camisa 10 argentino volta ao Maracanã após perder a final da Copa do Mundo de 2014. Messi ficou olhando o troféu após ser proclamado o melhor jogador da final contra a Alemanha. Também perdeu três finais de Copa América. Aos 34 anos, Messi joga tudo para ganhar um título com a Argentina e um Maracanazo permitiria que ele assinasse com letras douradas seu vínculo emocional e futebolístico com a Alviceleste. Parece que por fim os dois tomaram o mesmo caminho, Messi e a Argentina.
A Alviceleste nunca ganhou uma Copa no Maracanã e só venceu em duas de suas 12 visitas, de modo que o desafio é maiúsculo à equipe de Messi. Neymar sorri e o Brasil assume a pressão: para finalizar um torneio sem falhas precisa derrubar a Argentina. A Europa não perderá o duelo da América.
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