‘It’s a sin’, série sobre a aids, é uma pequena joia britânica
Ambientada nos anos oitenta, produção é um luxo de realização e interpretação, com o conceito dos descendentes do ‘free cinema’ de contar histórias do cotidiano a partir do compromisso com a realidade social
“Quando olho para trás na minha vida, é sempre com uma sensação de remorso. Sempre fui o único culpado por tudo que quero fazer. Independentemente de quando, onde ou quem. Só tem uma coisa em comum: é um pecado”, da canção It’s a sin (É um pecado), do Pet Shop Boys, que dá título à série homônima que é uma pequena joia em cinco capítulos do roteirista Russell T. Davies, ganhador de um Emmy por seu excelente ...
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“Quando olho para trás na minha vida, é sempre com uma sensação de remorso. Sempre fui o único culpado por tudo que quero fazer. Independentemente de quando, onde ou quem. Só tem uma coisa em comum: é um pecado”, da canção It’s a sin (É um pecado), do Pet Shop Boys, que dá título à série homônima que é uma pequena joia em cinco capítulos do roteirista Russell T. Davies, ganhador de um Emmy por seu excelente Years and years. A série é exibida pela plataforma HBO Max, que chega em junho no Brasil.
Neste caso, o tema central é o surgimento da aids no início dos anos oitenta, uma praga devastadora sobre a qual caiu todo tipo de condenação moral e sobre a qual foram difundidas as mais absurdas teorias da conspiração.
A produção do Channel 4 é um luxo de realização e interpretação, com o conceito formal dos descendentes do free cinema, movimento dos jovens irados que transformou o estabelecido e que gente como Ken Loach continuou em seu desejo de contar histórias do cotidiano a partir do compromisso com a realidade social do momento.
O início dos anos oitenta em uma Londres divertida. Um grupo de jovens homossexuais divide um apartamento. Tem de tudo: enlouquecidos, sérios, tímidos e uma jovem que eles adoram. A trilha sonora com os sucessos do momento estimula as noites intensas em botecos aconchegantes. Seu criador retrata sem exageros a lenta peregrinação em direção ao desastre, as reações agressivas aos primeiros sinais do HIV, a hipocrisia social e com um impressionante diálogo final entre a jovem Jill e Valerie, mãe de Ritchie —interpretado pelo cantor Olly Alexander, vocalista da banda Years & Years. Como disse: uma joia.
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