Governo de São Paulo anuncia o início da vacinação de professores e profissionais da segurança para abril
Imunização de profissionais da educação era uma demanda da categoria para a volta às aulas. Estado também antecipa imunização de idosos entre 69 e 71 anos para sexta-feira. Mudança em notificações de mortes, determinado pelo Ministério da Saúde, faz números de óbitos caírem após recorde
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O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quarta-feira, durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, que profissionais da segurança e da educação começarão a ser vacinados no próximo mês —nos dias 5 e 12, respectivamente. A vacinação dos profissionais da educação era uma demanda da categoria para a volta às aulas em meio à pandemia de covid-19.
Na primeira etapa, serão vacinados 350.000 professores, diretores de escolas, inspetores de alunos e outros profissionais que trabalham nas escolas das redes municipal, estadual e privada do Estado de São Paulo e tenham mais de 47 anos. Na rede estadual, por exemplo, esse contingente corresponde a 40% dos profissionais. Para os trabalhadores da rede privada será exigida a apresentação de um contracheque dos últimos dois meses, com objetivo de evitar fraudes.
Cerca de 180.000 profissionais de segurança pública também serão imunizados. Entre eles estão policiais militares, civis e da polícia científica, bombeiros, agentes de segurança e agentes de escolta penitenciária, além dos efetivos de todas as guardas civis metropolitanas municipais. “Somente no sistema da Secretaria da Segurança Pública até ontem nós perdemos 79 policiais da ativa, 56% deles entre 46 e 55 anos. Uma tragédia”, afirmou o secretário da Segurança, general João Campos.
O Governo de São Paulo anunciou ainda, durante coletiva de imprensa, que irá antecipar a vacinação de idosos de 69, 70 e 71 anos para a próxima sexta-feira (26). Segundo o Governo, a expectativa é vacinar 910.000 pessoas nesta faixa etária.
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Clique aqui281 novas mortes após mudança do sistema
Após bater recorde nesta terça-feira, com o registro de 1.021 mortes em 24 horas, o Estado de São Paulo contabilizou 281 novos óbitos um dia depois, um número menor do que a média registrada nos últimos dias. Segundo o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, uma mudança no sistema de notificação do Ministério da Saúde teria causado a diminuição brusca. O dado, segundo o secretário, representa uma “queda pronunciada e não esperada neste momento”, e tem relação com a mudança no sistema de notificação que “burocratizou a inserção de informações para os municípios”.
O secretário da Saúde informou que a taxa de ocupação das UTIs no Estado atualmente é de 92,3%. E na Grande São Paulo, de 91,7%. “Temos hoje 12.442 pacientes na UTI. Ontem nós tínhamos 12.317. Portanto, um número bem menor do que aqueles que vínhamos acompanhando nas semanas anteriores, de aporte de quase 300 pacientes por dia. Isso pode ser já um sinal do faseamento vermelho e também da nossa fase emergencial em que ocorre a restrição da circulação de pessoas”, disse. Segundo Gorinchteyn, o isolamento social vem aumentando, chegou ao patamar de 45% e houve uma diminuição 3 milhões de pessoas na circulação no Estado. A meta é uma redução de 4 milhões de pessoas.
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