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Merkel quer ter “conversa clara” com Bolsonaro sobre desmatamento no G20

A chanceler alemã indicou que deseja falar com o mandatário brasileiro durante a cúpula econômica. Mas descarta que isso influencie no acordo entre o Mercosul e UE

Agências El País
Berlim / São Paulo -
 Angela Merkel em sessão com deputados nesta quarta.
Angela Merkel em sessão com deputados nesta quarta.HANNIBAL HANSCHKE (REUTERS)
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Uma inédita frente de ex-ministros do Meio Ambiente contra o desmonte de Bolsonaro
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A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que pretende ter uma conversa "clara" com o presidente brasileiro Jair Bolsonaro sobre o desmatamento no Brasil na cúpula do G20, que acontece a partir de sexta-feira em Osaka, no Japão. O presidente brasileiro tem sido alvo de críticas de ambientalistas por suas ações na área, que incluem a diminuição da rede de proteção e fiscalização ambiental, além de um discurso duro contra as áreas de preservação ambiental e indígenas, que na opinião dele atrapalham o desenvolvimento econômico do país. Em maio, uma inédita frente de ex-ministros do Meio Ambiente divulgou um comunicado em que acusava o atual Governo de promover uma "política sistemática, constante e deliberada de destruição das políticas meio ambientais".

A afirmação de Merkel foi feita a seus deputados nesta quarta-feira. "Vejo com preocupação as ações do presidente brasileiro [sobre o desmatamento], e se a oportunidade surgir no G20 pretendo ter uma conversa clara com ele." Ela ressaltou, entretanto, que o assunto não deve comprometer a iminente conclusão de um acordo comercial entre a união Europeia e o Mercosul.

A expansão das atividades agrícolas no Brasil, apoiado pelo governo do presidente Bolsonaro, gera desmatamento causando crescentes conflitos com comunidades tradicionais. Esta situação fez com que 340 ONGs europeias e sulamericanas, incluindo o Greenpeace, pedissem que os líderes mundiais questionassem o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. A conclusão do acordo é iminente, segundo os presidentes do Brasil e da Argentina, após 20 anos de negociações.

As ONGs exigem "medidas rigorosas" contra o desmatamento e "compromissos" em favor do acordo climático de Paris.

"Eu não acredito que a não realização do acordo com o Mercosul contribuirá para que se desmate um hectare a menos, muito pelo contrário", disse Merkel. "Esta [não fazer o acordo] não é a resposta para o que está acontecendo atualmente no Brasil", acrescentou.

Acordo entre UE e Mercosul também é fortemente criticado pelos agricultores europeus, que temem uma invasão de produtos sul-americanos com a eliminação de algumas tarifas.

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