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Arlene Gerder, com os filhos depois de passar pelo controle fronteiriço em Tumbes (Peru).
Arlene Gerder, com os filhos depois de passar pelo controle fronteiriço em Tumbes (Peru). REUTERS

Mães e avós venezuelanas: a pressão por emigrar

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Elas viajam com seus filhos e netos por terra através de três países, recorrendo a postos de controle fronteiriços e cruzando rios cujas águas alcançam a altura de suas cinturas. 16 mulheres contam seu testemunho em uma viagem que iniciam até o desconhecido para resguardar suas famílias

  • Marlioth Armas, de 28 anos, segura a filha Erimar, de 2, enquanto espera em uma fila para processar seus documentos no centro de serviço fronteiriço entre o Equador e o Peru, antes de continuar sua viagem a Lima. Marlioth chora de frustração ao lembrar da escassez de bens básicos pela qual emigrou da Venezuela: "Só quero viver em um local onde possamos obter coisas e ser normais".
    1Marlioth Armas, de 28 anos, segura a filha Erimar, de 2, enquanto espera em uma fila para processar seus documentos no centro de serviço fronteiriço entre o Equador e o Peru, antes de continuar sua viagem a Lima. Marlioth chora de frustração ao lembrar da escassez de bens básicos pela qual emigrou da Venezuela: "Só quero viver em um local onde possamos obter coisas e ser normais". REUTERS
  • "Realmente apostava em Guaidó. Estava segura de que ia mudar o país", diz Andraimi Laya, de 22 anos, enquanto é retratada com sua filha Jessy, de 2, em Tumbes (Peru). Andraimi, que sonhava ser oficial da polícia, abandonou seu sonho e sua casa quando o presidente peruano, Martín Vizcarra, anunciou que os venezuelanos devem ter passaportes e visto para ingressar no Peru a partir de 15 de junho. "Disse, 'não, não vou morrer aqui. Esta poderia ser minha última oportunidade'".
    2"Realmente apostava em Guaidó. Estava segura de que ia mudar o país", diz Andraimi Laya, de 22 anos, enquanto é retratada com sua filha Jessy, de 2, em Tumbes (Peru). Andraimi, que sonhava ser oficial da polícia, abandonou seu sonho e sua casa quando o presidente peruano, Martín Vizcarra, anunciou que os venezuelanos devem ter passaportes e visto para ingressar no Peru a partir de 15 de junho. "Disse, 'não, não vou morrer aqui. Esta poderia ser minha última oportunidade'". REUTERS
  • Teresa Amaro, de 83 anos, oriunda de Barquisimeto é retratada com a filha Maite Pérez, de 43, e seu neto Edwar Custo, de 7, antes de continuar sua viagem ao Peru. Teresa se recusava a sair do país, mas depois de sofrer um ataque cardíaco e diante da dificuldade para encontrar medicamentos, cedeu ao pedido de sua filha para emigrar. Em sua casa já não contavam com eletricidade nem gás para cozinhar.
    3Teresa Amaro, de 83 anos, oriunda de Barquisimeto é retratada com a filha Maite Pérez, de 43, e seu neto Edwar Custo, de 7, antes de continuar sua viagem ao Peru. Teresa se recusava a sair do país, mas depois de sofrer um ataque cardíaco e diante da dificuldade para encontrar medicamentos, cedeu ao pedido de sua filha para emigrar. Em sua casa já não contavam com eletricidade nem gás para cozinhar. REUTERS
  • Suramay Farias, de 47 anos, abraça a sua filha Franchesca, de 8, enquanto esperam para processar seus documentos no centro de serviço fronteiriço entre o Equador e o Peru antes de continuar sua viagem a Chiclayo. Suramay nunca pensou em abandonar o país, mas estava preocupada com o futuro de sua filha menor e decidiu ir ao Peru, onde seus outros filhos vivem há um ano: "Me disseram, mamãe, venha para cá para que possamos dar à menina a oportunidade de ter uma alimentação melhor e uma vida melhor". Para Suramay o mais difícil foi deixar na Venezuela sua mãe e seu marido: "Isso não é o que eu queria. Gostaria de ter meus filhos na Venezuela".
    4Suramay Farias, de 47 anos, abraça a sua filha Franchesca, de 8, enquanto esperam para processar seus documentos no centro de serviço fronteiriço entre o Equador e o Peru antes de continuar sua viagem a Chiclayo. Suramay nunca pensou em abandonar o país, mas estava preocupada com o futuro de sua filha menor e decidiu ir ao Peru, onde seus outros filhos vivem há um ano: "Me disseram, mamãe, venha para cá para que possamos dar à menina a oportunidade de ter uma alimentação melhor e uma vida melhor". Para Suramay o mais difícil foi deixar na Venezuela sua mãe e seu marido: "Isso não é o que eu queria. Gostaria de ter meus filhos na Venezuela". REUTERS
  • Erika Fernández, de 33 anos, espera em uma fila com seus filhos Ronald, de 10, e José, de 3, no centro de serviço fronteiriço entre o Equador e o Peru. Fernández, enfermeira de profissão, viaja para encontrar o marido, que vive há um ano no Peru. "Foi tudo terrível desde que saí da minha casa e ainda é um pesadelo (...) Meu filho está vomitando desde a noite anterior, levei-o à Cruz Vermelha e me deram água, para hidratá-lo, e paracetamol, caso tenha febre", explica Erika. Entre suas motivações para emigrar, destaca o objetivo de conseguir qualidade de vida melhor para seus filhos: "Não quero ensinar para eles que eles têm que lutar pela comida, mas que qualquer um que trabalhe, pode comprar".
    5Erika Fernández, de 33 anos, espera em uma fila com seus filhos Ronald, de 10, e José, de 3, no centro de serviço fronteiriço entre o Equador e o Peru. Fernández, enfermeira de profissão, viaja para encontrar o marido, que vive há um ano no Peru. "Foi tudo terrível desde que saí da minha casa e ainda é um pesadelo (...) Meu filho está vomitando desde a noite anterior, levei-o à Cruz Vermelha e me deram água, para hidratá-lo, e paracetamol, caso tenha febre", explica Erika. Entre suas motivações para emigrar, destaca o objetivo de conseguir qualidade de vida melhor para seus filhos: "Não quero ensinar para eles que eles têm que lutar pela comida, mas que qualquer um que trabalhe, pode comprar". REUTERS
  • Arlene Gerder, de 38 anos, espera um táxi junto aos filhos José, de 4, e Dayana, de 14, para continuar sua jornada a Pisco. "Em um dia já não tínhamos comida e minha filha me disse que tinha fome. Já havia comido o pouco que tínhamos e o que sobrava era para o dia seguinte, mas ela me disse que tinha fome e lhe dei o que tinha". Arlene saiu da Venezuela pela primeira vez há sete meses e agora regressa ao Peru após buscar os filhos na Venezuela. "Fui com 130 dólares e algumas joias de ouro, isso foi tudo o que levei comigo. Meus filhos sofrerão, mas ao menos sofrerão de barriga cheia", explica Arlene.
    6Arlene Gerder, de 38 anos, espera um táxi junto aos filhos José, de 4, e Dayana, de 14, para continuar sua jornada a Pisco. "Em um dia já não tínhamos comida e minha filha me disse que tinha fome. Já havia comido o pouco que tínhamos e o que sobrava era para o dia seguinte, mas ela me disse que tinha fome e lhe dei o que tinha". Arlene saiu da Venezuela pela primeira vez há sete meses e agora regressa ao Peru após buscar os filhos na Venezuela. "Fui com 130 dólares e algumas joias de ouro, isso foi tudo o que levei comigo. Meus filhos sofrerão, mas ao menos sofrerão de barriga cheia", explica Arlene. REUTERS
  • Íris Mejías, de 68 anos, foi diagnosticada com câncer poucos meses depois que sua filha e seu genro deixaram a Venezuela para trabalhar no Peru. Agora, descansa com sua neta Vitória, de 10 anos, no centro de serviço fronteiriço entre o Equador e o Peru antes de continuar sua viagem a Lima. Íris trabalhou por mais de 40 anos como enfermeira, mas seu salário atual não dava nem para comprar a comida de uma semana. "Depois da cirurgia, não pude receber a quimioterapia porque não temos acesso a medicamentos. Me decepciona que me tenham roubado a velhice". Íris realizou a viagem para levar Vitória até sua mãe, por medo a que o câncer a consumisse deixando a menina "no limbo", enquanto os dois irmãos maiores de Vitória ficaram em Venezuela completando seus estudos.
    7Íris Mejías, de 68 anos, foi diagnosticada com câncer poucos meses depois que sua filha e seu genro deixaram a Venezuela para trabalhar no Peru. Agora, descansa com sua neta Vitória, de 10 anos, no centro de serviço fronteiriço entre o Equador e o Peru antes de continuar sua viagem a Lima. Íris trabalhou por mais de 40 anos como enfermeira, mas seu salário atual não dava nem para comprar a comida de uma semana. "Depois da cirurgia, não pude receber a quimioterapia porque não temos acesso a medicamentos. Me decepciona que me tenham roubado a velhice". Íris realizou a viagem para levar Vitória até sua mãe, por medo a que o câncer a consumisse deixando a menina "no limbo", enquanto os dois irmãos maiores de Vitória ficaram em Venezuela completando seus estudos. REUTERS
  • Génesis Valera, de 27 anos, está grávida de seis meses. Antes de chegar ao Peru, teve que cruzar a fronteira entre a Colômbia e a Venezuela por caminhos e rios com seus três filhos: Sebastían, de 7 anos; Claudia, de 6 e Isaías, de 2. "Fui através da água, me disseram que me calasse porque tinha guerrilheiros ao redor". Na Colômbia, Génesis viajou de ônibus, mas teve que caminhar parte do caminho para evitar um ponto de controle. "Tivemos que esperar no meio dos arbustos durante duas horas, estava escuro e muito frio, enquanto esperávamos que o ônibus nos buscasse de novo", conta. Agora, deseja dar à luz no Peru e conseguir um trabalho para fornecer as necessidades básicas de seus quatro filhos.
    8Génesis Valera, de 27 anos, está grávida de seis meses. Antes de chegar ao Peru, teve que cruzar a fronteira entre a Colômbia e a Venezuela por caminhos e rios com seus três filhos: Sebastían, de 7 anos; Claudia, de 6 e Isaías, de 2. "Fui através da água, me disseram que me calasse porque tinha guerrilheiros ao redor". Na Colômbia, Génesis viajou de ônibus, mas teve que caminhar parte do caminho para evitar um ponto de controle. "Tivemos que esperar no meio dos arbustos durante duas horas, estava escuro e muito frio, enquanto esperávamos que o ônibus nos buscasse de novo", conta. Agora, deseja dar à luz no Peru e conseguir um trabalho para fornecer as necessidades básicas de seus quatro filhos. REUTERS
  • Erika Quevedo , de 28 anos, carrega em seus braços o filho Gabriel, de 1, e segura na mão da filha Osmariel, de 6. Sua viagem durou oito dias desde que saiu de sua cidade natal, Barquisimeto (Venezuela), até o ponto de controle fronteiriço em Tumbes (Peru). Erika e sua família foram vítimas da fraude dos guias na Colômbia que prometem ajudar os migrantes com a viagem e depois desaparecem com o dinheiro. Depois da fraude, ela se juntou a outras mães solteiras que conheceu no caminho e assim conseguiu chegar ao Peru. "Qualquer coisa é melhor que ser mãe na Venezuela" explica Quevedo, e conta que seu filho Gabriel nasceu prematuro e ela não pôde chamar uma ambulância e nem pagar pela viagem até o hospital. Quem fez o parto foi sua mãe. "Se não fosse por minha mãe, meu filho não estaria aqui".
    9Erika Quevedo , de 28 anos, carrega em seus braços o filho Gabriel, de 1, e segura na mão da filha Osmariel, de 6. Sua viagem durou oito dias desde que saiu de sua cidade natal, Barquisimeto (Venezuela), até o ponto de controle fronteiriço em Tumbes (Peru). Erika e sua família foram vítimas da fraude dos guias na Colômbia que prometem ajudar os migrantes com a viagem e depois desaparecem com o dinheiro. Depois da fraude, ela se juntou a outras mães solteiras que conheceu no caminho e assim conseguiu chegar ao Peru. "Qualquer coisa é melhor que ser mãe na Venezuela" explica Quevedo, e conta que seu filho Gabriel nasceu prematuro e ela não pôde chamar uma ambulância e nem pagar pela viagem até o hospital. Quem fez o parto foi sua mãe. "Se não fosse por minha mãe, meu filho não estaria aqui". REUTERS
  • María Valdez, de 31 anos, vendeu sua casa há um ano para juntar o dinheiro que seu marido precisava para viajar até o Peru. Agora, María viaja junto aos filhos Yoimairy, de 9 anos, e Darien, de 1, para se reencontrar com ele, porque o dinheiro que enviava à Venezuela não era suficiente para se sustentar. "Assim que cheguei em Caracas, quis voltar para casa, mas precisava de dinheiro para o ônibus e não tinha, minha filha começou a chorar e disse que não queria ir, que era horrível". María confessa que o pensar no bem-estar de seus filhos lhe permitiu se manter forte na travessia.
    10María Valdez, de 31 anos, vendeu sua casa há um ano para juntar o dinheiro que seu marido precisava para viajar até o Peru. Agora, María viaja junto aos filhos Yoimairy, de 9 anos, e Darien, de 1, para se reencontrar com ele, porque o dinheiro que enviava à Venezuela não era suficiente para se sustentar. "Assim que cheguei em Caracas, quis voltar para casa, mas precisava de dinheiro para o ônibus e não tinha, minha filha começou a chorar e disse que não queria ir, que era horrível". María confessa que o pensar no bem-estar de seus filhos lhe permitiu se manter forte na travessia. REUTERS
  • Juviamdy García, de 19 anos, viaja junto a seu filho Luian, de 2, para se reencontrar com seu marido, que vive há um ano no Peru. Juviamdy, paramédica, conta com 20 dólares para tentar chegar a Lima, enquanto seu filho teve episódios de diarreia e sangue nas fezes durante a travessia. "Chegamos a San Antonio (Venezuela) na segunda-feira e (o guia) nos ajudou a cruzar (a fronteira) utilizando os caminhos. Quando chegamos do outro lado, a polícia colombiana nos parou e nos fez voltar. Tivemos que voltar ao rio, mas dessa vez só com as crianças, porque ninguém nos ajudou". Juviamdy estudava medicina, mas desistiu ao engravidar e depois de uma experiência traumática quando, durante uma aula, vários homens entraram armados na sala de aula para roubar o grupo.
    11Juviamdy García, de 19 anos, viaja junto a seu filho Luian, de 2, para se reencontrar com seu marido, que vive há um ano no Peru. Juviamdy, paramédica, conta com 20 dólares para tentar chegar a Lima, enquanto seu filho teve episódios de diarreia e sangue nas fezes durante a travessia. "Chegamos a San Antonio (Venezuela) na segunda-feira e (o guia) nos ajudou a cruzar (a fronteira) utilizando os caminhos. Quando chegamos do outro lado, a polícia colombiana nos parou e nos fez voltar. Tivemos que voltar ao rio, mas dessa vez só com as crianças, porque ninguém nos ajudou". Juviamdy estudava medicina, mas desistiu ao engravidar e depois de uma experiência traumática quando, durante uma aula, vários homens entraram armados na sala de aula para roubar o grupo. REUTERS
  • Némesis Ramírez, de 22 anos, contratou um guia para facilitar sua viagem pela Colômbia com os filhos Ailin, de 6, e Raimar, de 5 meses. Agora, lamenta. Deixaram eles em Cúcuta por quatro dias, e a família teve que dormir no chão. "Chorei e quis voltar, mas minha filha me disse que queria continuar, que queria seguir viajando para ver seu pai. E se ela era forte, eu tinha que ser mais forte que ela". Faz três meses seu marido viajou ao Peru e agora buscam se reencontrar com ele. "Acabamos de trazer as coisas como se fôssemos para a praia num fim de semana. Não pude trazer uma só boneca para minha filha", conta Némesis.
    12Némesis Ramírez, de 22 anos, contratou um guia para facilitar sua viagem pela Colômbia com os filhos Ailin, de 6, e Raimar, de 5 meses. Agora, lamenta. Deixaram eles em Cúcuta por quatro dias, e a família teve que dormir no chão. "Chorei e quis voltar, mas minha filha me disse que queria continuar, que queria seguir viajando para ver seu pai. E se ela era forte, eu tinha que ser mais forte que ela". Faz três meses seu marido viajou ao Peru e agora buscam se reencontrar com ele. "Acabamos de trazer as coisas como se fôssemos para a praia num fim de semana. Não pude trazer uma só boneca para minha filha", conta Némesis. REUTERS
  • Ailin Tua, de 43 anos, espera um táxi junto às filhas Paola, de 18, e Sofía, de 13. Na Venezuela, Ailin era costureira, dona de seu próprio negócio; mas a falta de clientes e o alto preço da matéria prima fizeram com que ela tivesse que fechar. Em 2017, seu marido abandonou o país e emigrou ao Peru. Seis meses depois, ele conseguiu finalmente um trabalho estável que lhe permitiu enviar dinheiro à Venezuela. Enquanto isso, teve que dormir na rua durante quase quatro meses. O a gota d'água que a fez sair do país foi uma ameaça de sequestro: "Recebi um telefonema e me disseram: 'Quero 350 dólares ou irei sequestrar Paola e Sofía, irei na escola delas'". Ailin pegou um táxi, buscou as filhas no colégio e colocou em duas sacolas pretas o que encontrou para ir para a casa de sua irmã. Depois, emigrou ao Peru para tentar estabelecer um novo lar, antes de voltar à Venezuela para buscar suas filhas.
    13Ailin Tua, de 43 anos, espera um táxi junto às filhas Paola, de 18, e Sofía, de 13. Na Venezuela, Ailin era costureira, dona de seu próprio negócio; mas a falta de clientes e o alto preço da matéria prima fizeram com que ela tivesse que fechar. Em 2017, seu marido abandonou o país e emigrou ao Peru. Seis meses depois, ele conseguiu finalmente um trabalho estável que lhe permitiu enviar dinheiro à Venezuela. Enquanto isso, teve que dormir na rua durante quase quatro meses. O a gota d'água que a fez sair do país foi uma ameaça de sequestro: "Recebi um telefonema e me disseram: 'Quero 350 dólares ou irei sequestrar Paola e Sofía, irei na escola delas'". Ailin pegou um táxi, buscou as filhas no colégio e colocou em duas sacolas pretas o que encontrou para ir para a casa de sua irmã. Depois, emigrou ao Peru para tentar estabelecer um novo lar, antes de voltar à Venezuela para buscar suas filhas. REUTERS
  • Crisyesmil Roseiras, de 23 anos, viaja a Arequipa com cinco crianças sob sua tutela: seus filhos Andres, de 6; Aranza, de 2; Sara, de 20 meses, e seus irmãos Angeli, de 8; Abraham, de 6. Para ela, o mais difícil foi dormir com todas as crianças na rua. Depois da medida anunciada pelo Governo peruano, a mãe de Crisyesmil —que já mora no Peru— decidiu enviar dinheiro para que eles pudessem viajar. Já faz oito dias que estão na estrada. "Minha mamãe estava desesperada ali na Venezuela porque se você consegue comer, não consegue se vestir, e se consegue se vestir, não consegue comer. Isso é algo difícil". Crisyesmil espera conseguir um bom trabalho e dar o melhor a seus filhos e irmãos.
    14Crisyesmil Roseiras, de 23 anos, viaja a Arequipa com cinco crianças sob sua tutela: seus filhos Andres, de 6; Aranza, de 2; Sara, de 20 meses, e seus irmãos Angeli, de 8; Abraham, de 6. Para ela, o mais difícil foi dormir com todas as crianças na rua. Depois da medida anunciada pelo Governo peruano, a mãe de Crisyesmil —que já mora no Peru— decidiu enviar dinheiro para que eles pudessem viajar. Já faz oito dias que estão na estrada. "Minha mamãe estava desesperada ali na Venezuela porque se você consegue comer, não consegue se vestir, e se consegue se vestir, não consegue comer. Isso é algo difícil". Crisyesmil espera conseguir um bom trabalho e dar o melhor a seus filhos e irmãos. REUTERS
  • Rosalba Bairros, de 51 anos, viaja junto à filha Joselin e suas netas, Horailyn e Rogerlin. "Emigrar não é fácil", explica Rosalba entre lágrimas. "Nunca quis ir. Não é fácil dizer adeus e deixar a vida que conhece". Em menos de 18 meses, perdeu seu filho de 28 anos em um roubo à mão armada e sua mãe, de 83 anos, quem não teve acesso aos medicamentos de seu tratamento de um câncer. Agora Rosalba viaja ao Peru para encontrar seus filhos em Lima.
    15Rosalba Bairros, de 51 anos, viaja junto à filha Joselin e suas netas, Horailyn e Rogerlin. "Emigrar não é fácil", explica Rosalba entre lágrimas. "Nunca quis ir. Não é fácil dizer adeus e deixar a vida que conhece". Em menos de 18 meses, perdeu seu filho de 28 anos em um roubo à mão armada e sua mãe, de 83 anos, quem não teve acesso aos medicamentos de seu tratamento de um câncer. Agora Rosalba viaja ao Peru para encontrar seus filhos em Lima. REUTERS
  • Elizabeth Rondón, de 28 anos, saiu de Maracaibo (Venezuela) em direção a Trujillo (Peru) com seus filhos Luis, de 5, Samantha, de 2 e Samuel, de quatro meses. Desde março, Elizabeth decidiu dar aula a seus filhos em casa por causa das más condições das escolas. "Não tem água nos banhos nem para beber". Além disso, conta que a decisão de emigrar foi tomada pelo desafio que é ser mãe na Venezuela atualmente: "Está tão cansada de tudo o que faz durante o dia. Cuidar das crianças, lavar sua roupa, encontrar comida e ter que lutar com um corte de energia na noite sabendo que durará pelo menos 12 horas". A sentença elétrica prolongou-se desde março até junho na cidade de Maracaibo.
    16Elizabeth Rondón, de 28 anos, saiu de Maracaibo (Venezuela) em direção a Trujillo (Peru) com seus filhos Luis, de 5, Samantha, de 2 e Samuel, de quatro meses. Desde março, Elizabeth decidiu dar aula a seus filhos em casa por causa das más condições das escolas. "Não tem água nos banhos nem para beber". Além disso, conta que a decisão de emigrar foi tomada pelo desafio que é ser mãe na Venezuela atualmente: "Está tão cansada de tudo o que faz durante o dia. Cuidar das crianças, lavar sua roupa, encontrar comida e ter que lutar com um corte de energia na noite sabendo que durará pelo menos 12 horas". A sentença elétrica prolongou-se desde março até junho na cidade de Maracaibo. REUTERS