21 fotos“Durante a operação não é cada um por si”: um dia com os bombeiros em BrumadinhoO fotógrafo Douglas Magno acompanhou o trabalho de uma das equipes de resgate da tragédia da barragem da Vale em Minas GeraisEl PaísBrumadinho - 04 fev. 2019 - 01:06BRTWhatsappFacebookTwitterBlueskyLinkedinLink de cópiaUma semana depois do rompimento da Barragem da Vale, no distrito de Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), o trabalho dos bombeiros continua, nas buscas por corpos em meio a destroços, terra e lama.Douglas MagnoEram 7h30 da manhã do sábado, dia 2, quando a reportagem do EL PAÍS recebeu a autorização para decolar a bordo do helicóptero Pégasus da Polícia Militar de Minas Gerais, uma das 16 aeronaves usadas nas buscas em Brumadinho.Douglas MagnoPiloto, copiloto e um tripulante operacional transportam equipes de busca e salvamento, além de observarem o tempo todo o solo para tentar localizar algum sobrevivente, algo cada vez mais improvável, ou corpo.Douglas MagnoDecolamos com o tenente Lucas e o cachorro Thor, da raça Border Collie e de cinco anos, especialista em buscas por pessoas desaparecidas.Douglas MagnoA equipe começou as buscas sobre o rejeito endurecido, quase petrificado, um cenário lunar. Em muitos pontos uma camada de terra fofa dificultava ainda mais o deslocamento.Douglas MagnoEra preciso atenção, porque mesmo com o solo rígido, alguns pontos aparentemente firmes eram armadilhas. A equipe podería atolar ou até mesmo afundar de uma vez ao pisar.Douglas MagnoNo caminho, encontramos o capitão Leonardo Farah, um dos responsáveis por comandar a equipe nesta operação.Douglas MagnoLeonardo Farah também participou das operações em Mariana, no desastre da Samarco, em 2015.Douglas MagnoFarah conta que ainda há risco da outra barragem de água se romper, e que a segurança dos militares é fundamental para a operação de buscas.Douglas MagnoPor isso, há rotas de fuga e equipes preparadas para atuar em caso de novo rompimento para salvar os bombeiros.Douglas Magno“Durante a operação não é cada um por si, mas todo mundo olhando todo mundo”, diz o capitão Farah, comandante da Companhia Operacional de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais.Douglas MagnoEm um ponto mais alto, encontramos diversos veículos amontoados. Tratores, caminhões, caminhonete e uma locomotiva descarrilada, que foi empurrada contra um local onde ficava um vestiário.Douglas MagnoNo local, o cachorro Thor deu sinal para a equipe. Não sentíamos odor de nada, mas o olfato apurado do animal era um sinal de que ali poderia haver corpos.Douglas MagnoPara ter uma segunda "opinião", outro cão, Bolt, irmão de Thor, também fez buscas pelo local, e sinalizou para o mesmo ponto.Douglas MagnoConfirmado o indício, os militares se prepararam para começar as buscas por ali.Douglas MagnoEra um trabalho difícil e que requeria o empenho de máquinas pesadas, devido à quantidade de estruturas e veículos amontoados que poderiam desmoronar a qualquer momento.Douglas MagnoO reforço de máquinas é pedido e a equipe avisa que o trabalho naquele ponto pode durar horas ou mesmo dias.Douglas MagnoA ordem então é voar de volta ao ponto de apoio. Os cachorros voam de volta também.Douglas MagnoNo meio do caminho, o helicóptero para em outro ponto. Os cachorros descem.Douglas MagnoThor tem que fazer o trabalho de rastrear odores mais uma vez.Douglas MagnoThor, um dos 20 cachorros que ajudam nas buscas, bebe água.Douglas Magno