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Engenheiro veterano da Boeing é o novo chefe interino do Pentágono

Patrick Shanahan assume no lugar de Jim Mattis, que deixou o cargo após polêmica com Trump

Patrick Shanahan, durante uma coletiva em 2009 sobre a Boeing
Patrick Shanahan, durante uma coletiva em 2009 sobre a BoeingAFP
Antonia Laborde

Patrick Shanahan, que assumirá como chefe interino do Pentágono no primeiro dia de janeiro, é um veterano – mas não de guerra. O subsecretário de Defesa não tinha experiência política nem militar antes de aceitar o atual cargo em julho do ano passado. Ex-empresário de 56 anos, ele trabalhou nas últimas três décadas para a fabricante de aviões norte-americana Boeing. Em sua longa trajetória na companhia, foi responsável pelos setores de logística e operações, além de vice-presidente e gerente geral da Boeing Missile Defense Systems.

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O falecido senador John McCain, do Arizona, ameaçou bloquear a nomeação de Shanahan após ouvi-lo dizer que devia “revisar o tema” quando lhe perguntaram sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. McCain, na época presidente do Comitê de Serviços Armados e supervisor da audiência, disse que lhe parecia “perturbador” que Shanahan não soubesse do assunto. “Não é um bom começo. Não volte a fazer isso ou não apoiarei sua nomeação”, afirmou. O Senado finalmente confirmou o executivo em julho passado, por 92 votos a sete.

Shanahan assumirá o cargo de secretário de Defesa interino em 1º de janeiro, no lugar de Jim Mattis. O chefe do Pentágono anunciou na última quinta-feira a sua saída, que foi recebida com boas palavras por Trump. No entanto, após Mattis dizer explicitamente em sua carta de renúncia que discordava dos rumos da política exterior dos EUA, o mandatário decidiu prescindir dele no último dia do ano. O que desencadeou a saída de Mattis foi o anúncio da retirada imediata das tropas norte-americanas da Síria.

O novo chefe interino exerceu um papel importante no fortalecimento dos recursos destinados à defesa no orçamento de 2019. Também liderou os planos para aumentar o gasto militar a fim de reforçar a posição dos EUA na disputa geoestratégica com a Rússia e a China. Segundo a imprensa local, Trump sente simpatia pelo “muito talentoso” ex-empresário porque com frequência lhe dá razão quando lamenta o custo dos sistemas de defesa.

Como subsecretário de Defesa, Shanahan se encarregou também da supervisão diária da agência e do desenvolvimento da nova força espacial proposta por Trump.

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