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Por que o livro de Michelle Obama marca uma liberação de seu estilo

Ex-primeira-dama está mais descontraída no modo de se vestir, mas continua apostando em uma mensagem de poder e de consumo sofisticado

Michelle Obama durante sessão de autógrafos na 'Seminary Co-op Bookstore', em Chicago.
Michelle Obama durante sessão de autógrafos na 'Seminary Co-op Bookstore', em Chicago.Ashlee Rezin (AP)

1.

Se Melania Trump já assume que seu estilo será radiografado com uma lupa em escala mundial, com Michelle Obama isso acontece mesmo depois de deixar a Casa Branca. Seu estilo também dá pistas sobre seu futuro. Com a apresentação de suas memórias, Minha História (Becoming, no original), sua aparência na capa foi o fator-chave para muitos. No The Washington Post, por exemplo, sentenciaram que a hipótese de carreira no rumo da Casa Branca está descartada, porque a blusa branca que usa "não é o tipo de vestimenta de um candidato político".

2.

Nesta nova etapa, Michelle Obama liquida seus célebres looks de J. Crew e a seriedade dos vestidos estampados à la Michael Kors e aposta em uma redefinição mais descontraída e arriscada, embora também de consumo sofisticado. Como o conjunto branco que vestiu, ao lado de Oprah Winfrey, na apresentação de seu livro.

Ashlee Rezin (AP)

3.

O estilo da ex-primeira-dama está mais despreocupado em suas aparições públicas desde que deixou o cargo, mas continua a ser motor-chave em torno de sua figura. A capa de Elle e sua entrevista a Oprah marcam esta nova etapa, longe da camisa de força institucional. "Entendi o poder do que visto", explicou ela à editora-chefe da publicação, Nina Garcia.

4.

Para Obama, ao contrário das escolhas de Melania Trump – carregada de simbolismo político na linha de um espectro colonialista, como em sua recente viagem à África –, o vestuário tem que ser uma extensão política da consciência. Aqui, com o desenho da estilista norte-americana independente Rachel Comey, quando apresentou há algumas semanas o dia internacional da menina e a campanha que ela tem promovido.

Charles Sykes (Charles Sykes/Invision/AP)

5.

" Preciso fazer escolhas de estilo que sejam uma plataforma não só para mostrar o trabalho dos estilistas, mas para criar mais diversidade e colocar o máximo possível o foco nas mulheres. Tenho trabalhado com estilistas que também acho que são boas pessoas. Estou escutando um pouco mais: como tratam seus funcionários? Como trataram a minha equipe? Tudo isso influencia na roupa que você veste, eu quero transmitir essa sensação positiva. Tudo importa. Aqui, com modelo de Akris em uma escola em Chicago durante uma palestra alguns dias atrás.

Rob Grabowski (Rob Grabowski/Invision/AP)

6.

Tanto a capa do livro como o editorial de Elle foram criados pela mesma equipe: o fotógrafo Miller Mobley, Yene Damtew nos cabelos, o maquiador Carl Ray e a estilista Meredith Koop. As fotos representam esta nova era de sua imagem mais liberada, intelectual e menos preppy e aprisionada do que em seu tempo na Casa Branca. Ray e Koop trabalham com ela há anos: mudaram-se de Chicago para Washington para assessorar Michelle Obama como estilistas pessoais durante seu tempo na Casa Branca.

JIM YOUNG (AFP)

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