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Bolsonaro oscila para baixo e marca 50% enquanto Haddad vê rejeição cair

Segundo Ibope, candidato de extrema direita tem primeira mudança negativa desde o início do segundo turno. Nos votos válidos, disputa está 57% a 43%

Haddad e Bolsonaro.Vídeo: NELSON ALMEIDA (AFP) / REUTERS-QUALITY

Jair Bolsonaro exibiu uma mudança negativa pela primeira vez desde que se iniciou disputa de segundo turno pela presidência do Brasil. O candidato de extrema direita do PSL segue franco favorito para a votação do próximo domingo, mas, de acordo com a pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (23), oscilou dois pontos percentuais para baixo, marcando 50% nos votos totais. Enquanto isso, seu oponente do PT, Fernando Haddad, manteve os mesmos 37% que marcava na semana passada. No levantamento, a leve oscilação positiva dos votos nulos e brancos (10% contra 9% da pesquisa anterior) e de quem não soube responder (2% para 3%) exibe os contingente de votantes que resolveu deixar Bolsonaro.

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No momento em que a maioria das análises preveem que uma virada de Haddad é extremamente difícil, a campanha petista teve alguns alentos com o Ibope. Nos votos válidos (quando se desconta quem não escolheu nenhum dos dois postulantes), Bolsonaro aparece com 57% (contra 59% há uma semana) e o candidato do PT, com 43%. A diferença de 14 pontos percentuais (eram 18) é a menor já registrada na disputa. Outro número também foi positivo para Haddad: a queda da rejeição. O herdeiro político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viu cair de 47% para 41% o patamar de eleitores que dizem que não votariam nele de jeito nenhum. Já Bolsonaro viu seu índice passar de 35% para 40%. A margem de erro da pesquisa, feita com 3.010 eleitores no país inteiro entre domingo e esta terça, é de dois pontos percentuais.

A maior rejeição do deputado federal aparece em uma semana com altos e baixos para Bolsonaro. Houve marchas multitudinárias a seu favor, mas elas aconteceram dias depois da publicação pela Folha de S. Paulo de reportagem que afirma que empresas bancam ilegalmente uma campanha anti-PT no WhatsApp para favorecê-lo. A campanha sofreu ainda dura reprimenda do Supremo Tribunal Federal por causa da ameaça de fechamento da corte feita, em vídeo, por Eduardo Bolsonaro, deputado e filho do candidato. Os aspectos negativos parecem ter se refletido também na pesquisa espontânea, na qual aos eleitores não são oferecidos os nomes dos candidatos. Nela, Bolsonaro aparece com 42% contra 33% do petista, uma diferença de 9 pontos. No levantamento anterior, o deputado de extrema direita marcava 47% contra 31% —diferença de 16 pontos. A pesquisa espontânea é considerado um bom termômetro de tendência e da convicção do voto do eleitor.

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