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Magnata procura extraterrestres dentro do asteroide interestelar

Telescópios do SETI e do projeto Breakthrough Listen procuram tecnologia de uma civilização inteligente através de sinais de rádio

A forma do asteroide deu local a especulações sobre seu caráter artificial
A forma do asteroide deu local a especulações sobre seu caráter artificial

Em 19 de outubro deste ano, um telescópio robótico do Havaí descobriu o que parecia ser um novo cometa entre as órbitas da Terra e Marte. Conforme foram sendo conhecidos mais dados sobre a rocha, a imaginação começou a voar. Tratava-se de um asteroide de 800 metros de comprimento e 80 de largura, um gigantesco pepino chegado de fora do Sistema Solar. Neste jornal, Rafael Clemente recordava as semelhanças desse objeto alongado e ultraveloz com a imensa nave extraterrestre que protagoniza o livro Encontro com Rama, de Arthur C. Clarke. Aquele cilindro oco, procedente do espaço interestelar, chegava à nossa vizinhança, mas ignorava a Terra e a seus habitantes para continuar seu caminho.

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Parece improvável que Oumuamua, como foi batizado o visitante, seja uma espaçonave disfarçada de asteroide, mas os buscadores de inteligência extraterrestre querem ter a certeza de que nada de interessante lhes escapa. O Instituto SETI (sigla em inglês de “busca por inteligência extraterrestre”) orientou seus telescópios do Allen Telescope Array para o visitante, sem encontrar nada extraordinário. Nesta quarta-feira, o projeto Breakthrough Listen, financiado pelo magnata Yuri Milner, orientará o radiotelescópio Green Bank Telescope, na Virginia Ocidental (EUA), para o Oumuamua. Durante 10 horas, esse telescópio procurará sinais de rádio em várias frequências, em busca de algum tipo de tecnologia. “A esta distância, esse instrumento poderia detectar um transmissor com a potência de um telefone celular em menos de um minuto”, dizem em nota os responsáveis pela iniciativa. “Embora uma origem natural seja a mais provável, não há consenso atualmente sobre sua origem, e o Breakthrough Listen está a postos para explorar a possibilidade de que Oumuamua seja um artefato”, acrescentam.

Milner, que também pretende enviar uma missão à estrela mais próxima da Terra em busca de vida extraterrestre, considera improvável, mas possível, que haja extraterrestres a bordo desse objeto. Mesmo que seus astrônomos não encontrem nenhum sinal de homenzinhos verdes, as horas de observação servirão para conhecer melhor a composição do asteroide, observando possíveis traços de vapor de água na sua superfície. Além disso, os responsáveis pelo projeto poderão mostrar sua capacidade de acompanhar objetos próximos que viajam a grande velocidade. Em seu momento de máxima aceleração, o misterioso asteroide alcançou os 300.000 quilômetros por hora.

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