Integrantes da gangue MS-13 gravaram tortura e assassinato de uma adolescente na Virgínia
Wilmer A. Sánchez Serrano e outros nove criminosos esfaquearam e espancaram a menina de 15 anos
Um juiz da Virgínia condenou na terça-feira, dia 14 de novembro, o primeiro dos 10 acusados de participar da tortura e assassinato de Damaris A. Reyes Rivas, uma garota de 15 anos, em janeiro passado. Wilmer A. Sánchez Serrano, de 22 anos, e outros integrantes da gangue MS-13 gravaram quatro vídeos com celular enquanto esfaqueavam e agrediam a jovem com um pau nos arredores de Washington, no Estado da Virgínia.
Antes de tomar sua decisão, o juiz mostrou as gravações. A mãe de Damaris, María Reyes, estava na sala. Nas imagens, a jovem aparece com uma camiseta preta e calças jeans claras, andando por um bosque ao qual foi levada pelos integrantes do bando para justiça-la pela morte, uma semana antes, de Christian Sosa Rivas, outro membro do MS-13. Consideravam que Damaris, que tinha mantido relações com Sosa Rivas, tinha colaborado em sua morte. Queriam vingança.
A tragédia começou no meio da tarde de 8 de janeiro. Pressionado pelos agressores, um conhecido de Damaris foi buscá-la de carro, mentindo sobre seu destino. Ao chegar ao Parque do lago Accontik, a 45 minutos de Washington, o grupo de delinquentes começou a interrogá-la sobre a morte de Sosa Rivas.
Ameaçaram cortar seu dedo. Disseram a ela que tinham um rifle. Gritaram. Acusaram-na de participar do linchamento de Sosa Rivas. Apesar das baixas temperaturas, a obrigaram a se despir na neve para sentir “o frio que Sosa Rivas sentiu”. E, por fim, segundo os testemunhos do principal investigador, a namorada de Sosa Rivas, Venus Romero Iraheta, de 17 anos, a apunhalou 13 vezes. Também usou a faca para tirar uma tatuagem dela. “Te encontro no inferno”, disse à menina segundos antes.
O juiz ainda não tomou uma decisão sobre a condenação de Sánchez Serrano, que atravessou o pescoço de Damaris com um pau. Iraheta será julgada como adulta apesar de ser menor de idade. Três dos acusados se declararam culpados das acusações.
Os violentos fatos correspondem à forte presença nos arredores da capital do bando de origem latino-americano que o presidente Donald Trump ameaçou liquidar. A maioria dos envolvidos veio de El Salvador, onde o grupo tem seus principais líderes. Com a chegada do republicano, as batidas contra eles aumentaram, já que delinquentes e sem documentos lideram a lista de possíveis deportados. Em maio a polícia de Los Angeles prendeu 21 membros. Em relação ao caso de Damaris, as autoridades prenderam 18.
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