Facebook coopera com EUA na investigação da trama russa
Mark Zuckerberg disse que fornecerá dados sobre anúncios feitos pela Rússia para influenciar eleições
O Facebook passou a fornecer ao Congresso norte-americano informação sobre os anúncios comprados pela Rússia para influenciar as últimas eleições. Durante uma transmissão ao vivo na quinta-feira, 21, Mark Zuckerberg disse que, no futuro, divulgará mais dados sobre como foi a compra de propaganda no Facebook e como pretende corrigir isso no futuro. Durante os sete minutos de sua declaração, disse que os usuários da rede social saberão em breve quem pagou pela propaganda política. “Eu me importo muitíssimo com o processo democrático e com a proteção de sua integridade. Não quero que usem nossas ferramentas para minar a democracia. Não é isso que defendemos”, declarou.
“Acreditamos que o público merece uma explicação sobre o que aconteceu nas eleições de 2016 e concluímos que compartilhar os anúncios que descobrimos, de forma condizente com nosso dever de proteger os dados do usuário, pode ajudar”, escreveu Colin Strech, diretor jurídico do Facebook em um blog corporativo.
Zuckerberg, que estava em licença paternidade depois do nascimento de sua segunda filha, afirmou em seu escritório em Menlo Park: “Sempre haverá pessoas más no mundo e não podemos impedir todas as interferências de todos os governos. Mas podemos tornar isso mais difícil. Muito mais difícil. E é o que vamos fazer.”
Os anúncios online não estão sujeitos ao mesmo controle vigente no rádio e na televisão. Nesta semana, os democratas pediram que o Facebook e várias empresas da Internet adotem regras mais rigorosas. Em outubro devem ser chamados ao Senado para explicar melhor a situação. Na próxima quarta-feira, o Twitter prestará depoimento a portas fechadas.
Live discussing Russian election interference.Live discussing Russian election interference and our next steps to protect the integrity of the democratic process.
Gepostet von Mark Zuckerberg am Donnerstag, 21. September 2017
O Facebook já adiantou alguns dados, mais de 3.000 contas relacionadas à trama russa compraram publicidade para influenciar os eleitores. Em julho, declararam não ter provas disso. Um mês depois, anunciaram que 470 perfis e páginas estavam relacionadas à Agência de Investigação de Internet da Rússia, um órgão vinculado ao Kremlin.
O fundador da rede social detalhou seus planos para deter essa anomalia. Ao longo deste ano, o Facebook contratará 250 pessoas para a equipe de segurança e estabelecerá relações com comissões eleitorais do mundo todo. Como exemplo, citou a atual colaboração com a Alemanha. Mas também reconheceu seus limites: “Não checamos o que as pessoas vão dizer antes de o dizerem e, francamente, acho que nossa sociedade não iria querer isso. Liberdade significa que você não precisa pedir permissão primeiro e que você pode dizer o que quiser. Se você infringir as normas de nossa comunidade ou a lei, terá que enfrentar as consequências depois”.
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