Apple apresenta o iPhone X e o iPhone 8
Empresa mostra seus novos celulares, relógios e o Apple TV 4K no evento Apple Keynote
Com os últimos compassos de All You Need is Love, dos Beatles, foi aberto nesta terça-feira o teatro Steve Jobs, tendo ao fundo a voz do fundador da Apple recordando que são as emoções que nos fazem sermos nós mesmos. A empresa recorreu às suas origens para reinventar mais uma vez o seu aparelho mais célebre, o iPhone, que completa 10 anos em 2017. E, da mesma forma, renovou sua gama de produtos: um novo relógio, três novos iPhones e uma promessa voltada para a casa.
Uma década depois daquele primeiro modelo, chegam o iPhone 8 e o iPhone 8 Plus, e seu iPhone mais potente: o iPhone X, previsto para chegar ao mercado dos Estados Unidos em 3 de novembro. Com telas de 4,7 e 5,5 polegadas, respectivamente, se esforçaram em melhorar a confiabilidade das cores. Renovaram o sensor da câmera, de 12 megapixels, porém mais luminoso. O Plus tem câmera dupla e inclui estabilizador óptico, especialmente útil para vídeos e ambientes de pouca luz.
Os exemplos do modo retrato mostraram um salto de qualidade, com simulação de situações próprias de um estúdio para destacar o objeto, inclusive eliminando o fundo. O vídeo experimenta uma notável melhora, com gravação a 60 quadros por segundo e câmara lenta de 240 fps para criar um efeito dramático.
Por fim, falou a companhia da realidade aumentada, com exemplos concretos, como saber as constelações ao apontar para o céu ou games feitos sob medida para a plataforma, com modo multijogador. “Você já não controla mais o jogo, está dentro dele”, salientaram os executivos.
Por fim será possível carregar o iPhone sem cabos. A Apple espera que seu sistema chegue a bares, montadoras de veículos e escritórios. Aposta que o padrão Qi irá se popularizar rapidamente. A empresa de Cupertino quer que digamos adeus ao carregador, como fizeram outros fabricantes.
O preço nos EUA será de 699 dólares (cerca de 2.200 reais) para o modelo 8, e 799 dólares (2.500 reais) para o Plus. Chegarão ao mercado em 22 de setembro.
Relógio e televisão
O Apple Watch foi o primeiro dos produtos anunciados. Tim Cook comemorou seu crescimento de 50% em vendas neste último ano. É o relógio mais vendido, superando marcas de luxo como Rolex, Fossil, Omega e Cartier.
A nova edição, chamada Apple Watch Series 3, tem conexão própria. “Desde o começo quisemos isso. Assim, você pode sair para correr ou ir à praia sem levar o celular. É o mesmo número do seu iPhone”, salientam os executivos. O que significa que a empresa mantém sua visão de ecossistema, de aparelhos interconectados. O relógio terá a capacidade de usar toda a coleção da Apple Music. O modelo renovado mantém o tamanho, mas amplia a duração da bateria. O preço passa para 399 dólares (1.250 reais). A versão sem conexão móvel, 349 (cerca e 1.100 reais). A mais modesta fica em 249 (780 reais). Em 22 de setembro começa a ser vendido na maioria dos países.
A Apple reforça sua obsessão pela saúde. Além de fazer um aceno aos diabéticos, a quem oferece um aplicativo para medir os níveis de açúcar e enviar alertas, presta especial atenção ao coração: pulso, mudanças, capacidade de recuperar o ritmo após o esforço e busca por padrões de arritmias.
E então chegou a vez da televisão. Cook comemorou o segundo Emmy conquistado nesse formato. “A televisão se revolucionou do preto e branco para a cor, e depois com a alta definição. Agora estamos perante o próximo ponto de inflexão”, afirmou Cook, antes de passar a palavra a Eddie Cue para mostrar o Apple TV 4K. Além de alta definição, a Apple acrescentou a tecnologia Dolby e contraste com alta gama dinâmica. “A imagem será como a de um projetor de cinema”, disse o executivo, enquanto mostrava imagens de Dubai ao anoitecer. A Apple fechou acordos com os grandes estúdios de Hollywood para oferecer filmes em 4K ao mesmo preço que na atual alta definição. Essa qualidade será compatível tanto com a Netflix como com a Amazon Prime. A empresa pretende assim transformar essa qualidade em padrão na sua plataforma.
Houve ênfase nos videogames como sendo o novo espaço a conquistar. A nova Apple TV sai no próximo mês por 179 dólares (560 reais). Ou 199 (623) se o usuário quiser mais memória.
Orgulho das lojas
Durante a apresentação, Angela Ahrendts, contratada da Burberrys como vice-presidente de venda no varejo e responsável pela revolução das lojas, subiu ao palco para explicar a estratégia de lojas da Apple, entendidas como lugares de encontro. A da Quinta Avenida, em Nova York, terá luz natural. Na biblioteca Carnegie, em Washington, haverá um espaço para formação. Em Paris, será um edifício de cinco andares na avenida Champs Elysées. A empresa reforça sua ambição de ser um símbolo e estar associada aos espaços mais reconhecidos das grandes cidades.
JOBS NA LEMBRANÇA
Tim Cook homenageou o fundador da companhia: “Não passa um dia sem que pensemos nele. Tirava o melhor talento de todos os que trabalhamos com ele. Importava-se com o local de trabalho e a inspiração. Há uma década começou a trabalhar em uma nova sede, o escritório do futuro. Onde engenheiros e desenhistas trabalhassem juntos para mudar o mundo com produtos Apple. Hoje e sempre, nós o honramos”.
O diretor mencionou também as vítimas dos recentes furacões Irma e Harvey. A sede, aberta pela primeira vez ao público, foi a primeira protagonista do evento. A mudança começou em abril. “Queremos que sirva para colaborar e inspirar, por isso está integrada com a natureza. Foi feita com cuidado nos detalhes”, gabou-se. O centro de visitantes, a ser inaugurado ainda neste ano, terá em seu interior uma loja, um café e uma zona dedicada a entender a sede através da realidade aumentada.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.