_
_
_
_
Editoriais
São da responsabilidade do editor e transmitem a visão do diário sobre assuntos atuais – tanto nacionais como internacionais

Macron regenera a política

A França quer recuperar a confiança da população na classe política

O presidente francês, Emmanuel Macron
O presidente francês, Emmanuel MacronTIZIANA FABI (AFP)

O presidente francês, Emmanuel Macron, já está há 100 dias no cargo e quis dar ao início de seu mandado uma marca de transparência ao propor uma lei de moralização da vida pública que, como disse sua ministra da Justiça, Nicole Belloubet, pretende recuperar a confiança da população na classe política.

Mais informações
Em Paris, Trump tenta selar a paz com Macron
Merkel desafia as políticas protecionistas de Trump
Trump tenta diminuir a tensão com Macron
Macron paira professoral e ignora ruídos da primeira crise de gabinete

Esta norma acaba com a prática dos legisladores de contratar como assessores parlamentares cônjuges ou filhos, que muitas vezes sequer eram vistos pisar na Assembleia Nacional apesar dos polpudos salários que recebiam. Não é algo novo. Muitos parlamentares, tanto de esquerda como de direita, utilizaram esse tipo de esquema por muito tempo sem que ninguém manifestasse grande pesar. Mas, depois de anos de crise, a tolerância dos franceses parece ter-se esgotado.

Foram as revelações de empregos fictícios para sua mulher e filhos que precipitaram a queda do antes favorito presidencial, o conservador François Fillon. Também causou a demissão do ministro Bruno Le Roux, apesar de faltar poucas semanas de mandato para o Governo socialista. E ainda houve outra candidata, a ultradireitista Marine Le Pen, investigada por suposto desvio de fundos do parlamento europeu para pagar funcionários de seu partido. Assim, Macron não hesitou em fazer da probidade uma prioridade em sua carreira no Eliseu.

Apesar de não ir tão longe como desejaria a organização Transparência Internacional, a normativa moralizadora permite a Macron demonstrar sua vontade de probidade e, enquanto isso, propagandear sua eficiência graças a uma lei que, em termos gerais, poucos criticaram publicamente. Algo que assenta bem a um presidente que cai nas pesquisas depois de apenas três meses no Eliseu e que enfrenta um outono quente com novas leis, como a reforma trabalhista, que enfrentam uma oposição muito mais feroz.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_