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Sobe a 30 o número de mortos confirmados no incêndio de Londres

O refugiado sírio Mohamed Alhajali, de 23 anos, foi a primeira vítima fatal a ser identificada

A rainha da Inglaterra Elizabeth II cumprimenta os bombeiros de Londres.
A rainha da Inglaterra Elizabeth II cumprimenta os bombeiros de Londres.REUTERS

Mohamed Alhajali, um refugiado sírio de 23 anos, é o primeiro nome identificado entre as vítimas mortas no incêndio do edifício Grenfell, em Londres, segundo a BBC. O balanço do desastre da quarta-feira, ainda muito provisório, chegou a 30 mortos nesta sexta, embora a polícia metropolitana de Londres não descarte que o número final acabe sendo o dobro disso, além de alertar que algumas das vítimas talvez nunca sejam identificadas.

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A rainha da Inglaterra Elizabeth II e o príncipe William visitaram, nesta sexta-feira, um centro desportivo onde estão alojados vários moradores que foram resgatados do edifício.

“Mohamed empreendeu uma perigosa viagem para fugir da guerra e da morte na Síria, e acabou encontrando-a aqui no Reino Unido e em sua própria casa”, diz um triste comunicado da ONG que amparou esse jovem quando da sua chegada ao país, em 2014. Alhajali, estudante de engenharia civil, morava com seu irmão Omar no 14º. andar do prédio, que fica no bairro de Notting Hill (North Kensington), na zona oeste da capital britânica.

A organização Campanha de Solidariedade com a Síria informou, a partir do relato de Omar, que os dois irmãos tentaram fugir do apartamento quando o incêndio começou, mas se separaram ao descer as escadas. Omar foi resgatado pelos bombeiros (ele permanece hospitalizado, evoluindo positivamente), mas Mohamed preferiu voltar ao apartamento para ligar para a sua família na Síria. “Ele passou duas horas ao telefone falando com um amigo da Síria e à espera de ser resgatado”, revelou a ONG.

Mohamed, Omar e outro de seus irmãos participariam neste sábado de um ato da ONG em homenagem à deputada Jo Cox, assassinada há um ano por um indivíduo com transtornos mentais, às vésperas do referendo que levou o Reino Unido a se desligar da União Europeia. O evento foi mantido, e agora incluirá também uma homenagem ao jovem refugiado sírio e às demais vítimas do incêndio.

Os serviços de emergência continuam procurando os corpos de todas as pessoas que ficaram retidas nos 24 andares do prédio residencial – mas, agora, sem nenhuma expectativa de localizar sobreviventes. A BBC afirma que 76 pessoas continuam desaparecidas. Os mortos e desaparecidos não tiveram seus nomes oficialmente divulgados.

A polícia confirmou que só conseguiu retirar seis cadáveres dos escombros e os levou ao necrotério de Westminster. Outros 11 corpos localizados permanecem no interior do prédio.

Um dia depois de a primeira-ministra Theresa May anunciar uma investigação pública sobre o desastre, a polícia metropolitana confirmou que também este organismo abrirá o seu próprio inquérito.

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