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Livro revela que carro em que princesa Diana morreu estava danificado

Três jornalistas revelam novos dados sobre o acidente que matou Lady Di, há quase 20 anos

Lady Di, em novembro de 1985.
Lady Di, em novembro de 1985.cordon press
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Não foi uma conspiração, nem um atentado terrorista, nem um assassinato urdido pelos lobbies da indústria das armas. Os autores do livro Qui a Tué Lady Di? (“quem matou Lady Di?”), que chega nesta quarta-feira às livrarias francesas, desmentem as teorias conspiratórias que circulam desde a morte de Diana de Gales, que completa 20 anos no final de agosto. Os autores são três jornalistas da revista Paris-Match, Pascal Rostain, Bruno Mouron e Jean-Michel Caradec’h, que tiveram acesso às 8.000 páginas da investigação judicial e reafirmam o que já se sabia. A causa do acidente foi a velocidade do veículo, conduzido por um motorista que havia bebido e tomado antidepressivos.

Mas o livro também fornece dados novos sobre o carro que transportava a princesa, uma Mercedes S280 que era propriedade do hotel parisiense Ritz, onde Diana e seu namorado, Dodi al-Fayed, estavam hospedados. “Já havia tido um acidente uma primeira vez, capotou várias vezes, e então foi destruído. Depois saiu uma autorização para que fosse transformado outra vez em veículo”, contou Rostain na terça-feira à rádio RTL. “Esse carro do Ritz era sucata e nunca deveria ter voltado a circular”, acrescentou o jornalista. Um dos ex-motoristas do luxuoso hotel, Karim Kazi, dá uma versão semelhante em um documentário transmitido na terça-feira à noite pelo canal francês M6. Esse chofer diz ter advertido os seus chefes de que o carro precisava ser tirado de circulação. “A partir de 60 quilômetros por hora, é impossível controlá-lo”, explica Kazi.

O Mercedes envolvido no acidente que causou a morte da princesa.
O Mercedes envolvido no acidente que causou a morte da princesa.cordon press

Apesar disso, a nova versão não exime o motorista Henri Paul da sua responsabilidade no acidente. “Ele tomava dois medicamentos por causa do alcoolismo e três antidepressivos, e tinha 1,81 grama de álcool [por litro] no sangue. Não tinha permissão para dirigir veículos de luxo e não tinha direito de conduzir esse carro”, sustenta Rostain. O jornalista afirma ter investigado as “teorias conspiratórias” formuladas por Mohamed al-Fayed, pai do namorado de Lady Di e então proprietário das lojas de departamentos Harrods, que vendeu em 2010. Na época da morte do filho, o empresário acusou a casa real britânica de ter tramado a morte do casal por não aceitar que a princesa – então já separada do príncipe Charles – se casasse com um homem de origem egípcia.

Rostain terminou desprezando essa tese. Uma investigação judicial britânica aberta em 2004 já descartou qualquer conspiração, assim como fez a Justiça francesa nos documentos aos quais os autores tiveram acesso. “Por que Al-Fayed gastou tantos milhões em investigações privadas? Por que pôs em dúvida os exames de sangue [do motorista]? Porque se sente responsável”, afirma Rostain, já que o dono do Ritz era também o proprietário do carro que se chocou contra a parede de um túnel naquela noite, fugindo dos paparazzi. Rostain não espera uma resposta de Al-Fayed. “O caso está encerrado. Acredito e espero que seu luto tenha terminado”, conclui o autor.

Lady Di e seu noivo, Dodi al-Fayed, de férias em Saint Tropez, semanas antes da morte de ambos.
Lady Di e seu noivo, Dodi al-Fayed, de férias em Saint Tropez, semanas antes da morte de ambos.cordon press

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