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Testamos o Samsung Galaxy S8+

Aparelho, que começa a ser vendido amanhã, chega ao Brasil em maio. Tela grande é atrativo

O Galaxy S8+.
O Galaxy S8+.Samsung

Se no ano passado a atenção dos fabricantes de smartphones estava voltada à câmera de seus modelos de última geração, agora todos os seus esforços se concentraram na tela: a ideia é reduzir as margens ao mínimo necessário para conseguir aparelhos compactos com a maior tela possível. É um conceito que já vimos no LG G6 e que voltamos a encontrar no Samsung Galaxy S8, tanto em sua versão “normal” (de 5,8 polegadas) como na versão Plus, de 6,2 polegadas e que tivemos a oportunidade de provar.

Uma só olhada já é o suficiente para perceber que superaram o desafio com louvor: bordas muito estreitas na parte superior e inferior, e quase imperceptíveis nas laterais, nas quais a tela se curva. O resultado: 83% da parte da frente é tela, de acordo com dados da empresa.

Ficha técnica

Tela: 6,2 polegadas Quad HD+ (2.960 x 1.440 pixels), 529ppp, tecnologia Super AMOLED

Processador: Octa Core (2.3GHz Quad + 1.7GHz Quad), 64 bits, tecnologia 10 nm

Memória RAM: 4 GB

Armazenamento: 64 GB / slot para microSD

Câmera: Traseira: Dual Pixel 12MP OIS (F1.7) / Frontal: 8MP AF (F1.7)

Bateria: 3500 mAh, carga rápida por cabo e sem fio (compatível com WPC e PMA)

Sistema operacional: Android 7.0

Tamanho: 159,5 x 73,4 x 8,1 mm

Peso: 173 g

Conectividade: Wi-Fi 802.11 a/b/g/n/ac (2.4/5GHz), VHT80 MU-MIMO, Bluetooth v 5.0 (LE up to 2Mbps), ANT+, USB Type-C, NFC

Sensores: GPS, Galileo, Glonass, BeiDou, acelerômetro, barômetro, sensor de impressão digital, sensor de giro, sensor geomagnético, sensor Hall, monitor cardíaco, sensor de proximidade, sensor de luz RGB, sensor de íris, sensor de pressão

Outros: Pagamentos NFC e MST

Preço: 909 euros (3.140 reais)

http://www.samsung.com/br/

Uma consequência desse dado é que nos encontramos diante de um dos designs mais atraentes que já vimos, em que se destacam uma construção impecável e um acabamento em vidro que dá um toque de elegância adicional, apesar de se transformar em um autêntico imã para as marcas dos dedos.

Centro de seu universo

Como também vimos com o carro-chefe da LG, na tela do S8 se apostou em um formato mais estreito do que o usual: 18,5:9 ao invés dos 16:9 da maioria dos smartphones. Essa medida tem dois objetivos: o primeiro é que o aparelho possa ser segurado e, se possível, manuseado com uma só mão. Não há problemas ao segurá-lo e a todo momento temos a sensação de que é um aparelho menor do que realmente é. Mas isso não impede que seja complicado chegar à área superior da tela com o polegar.

Em segundo lugar, esse formato proporciona uma visualização mais imersiva dos conteúdos multimídia e maior comodidade ao se navegar pela Rede, já que existe espaço para mostrar mais informação. De novo, é preciso que os aplicativos e os conteúdos se adaptem para aproveitar por inteiro a tela sem redimensionar as imagens e acrescentar linhas negras.

Feita com a tecnologia Super AMOLED, a tela possui uma resolução máxima de 2.960x1.440 pixels (Quad HD+). Dizemos máxima porque o telefone está configurado automaticamente para mostrar as imagens com qualidade Full HD+ (2.220x1.080 pixels) e, para aproveitar essa qualidade superior, é preciso configurá-la nos ajustes de tela. Após utilizar o aparelho durante quase uma semana, essa medida nos parece adequada: se vê claramente, com uma reprodução de cor excelente, um amplo ângulo de visualização, com brilho suficiente para que a luz do sol não atrapalhe e, além disso, é possível estender a autonomia em até dois dias (de acordo com o uso). Portanto, não sentimos falta dos pixels adicionais que, pelo contrário, se tornam indispensáveis ao se conectar o telefone em óculos de realidade virtual: uma tecnologia que a Samsung vem desenvolvendo durante os últimos anos. E se o que queremos é aumentar ainda mais a duração da bateria, também temos a possibilidade de escolher uma resolução HD+ (1.480x720 pixels) que, logicamente, diminui a qualidade da visualização.

Para apertar

O fato da tela ocupar tanto espaço traz consequências aos outros componentes. Por exemplo, foi necessário eliminar o botão de início que tradicionalmente se encontrava debaixo dela e foi substituído por uma área sensível à pressão, integrada à própria tela, e os controles virtuais que já são utilizados por boa parte dos smartphones com sistema operacional Android.

O melhor e o pior

O melhor:

- Design

- Rendimento

- Tela

O pior:

- Mesma câmera que no Galaxy S7

- Bixby incompleta

- Localização do leitor de digitais

Ao dispensar o botão de início, o leitor de impressão digital também foi realocado. É um dos aspectos mais controversos do Galaxy S8: foi colocado na parte de trás, mas ao invés de ficar embaixo da câmera como nos modelos da concorrência, está em um dos seus lados. Concretamente, e quando é segurado de frente, no esquerdo. Não é que o funcionamento seja ruim, mas é complicadíssimo acertar o dedo no leitor sem passá-lo primeiro pela câmera. É uma pena, porque nos sentimos confortáveis durante o teste e isso nos levou a desperdiçar os movimentos com os quais é compatível e que permitem abrir as notificações simplesmente deslizando o dedo pela superfície.

Não é o único método de identificação biométrico contemplado, já que é compatível com o reconhecimento facial e de retina. O facial é rápido, mas não funciona bem com pouca luz e implica muitos riscos, sendo menos seguro que qualquer outro sistema (incluindo o padrão, o PIN, a senha e a impressão digital). A identificação pela retina também é simples; oferece mais garantias e não tivemos problema algum em desbloquear o aparelho até mesmo de óculos.

Câmera do passado 

Por que mudar algo que funciona? Isso é o que a empresa coreana deve ter pensado, porque fez pouquíssimas mudanças na câmera que incorporou ao Samsung Galaxy S7 no ano passado, e que já foi considerada uma das melhores: 12 megapixels com tecnologia Dual Pixel e uma abertura f1.7 com estabilizador. É uma decisão controversa porque, apesar de conseguir fotos com excelente qualidade durante o dia e também admiráveis em ambientes com pouca iluminação, sentimos falta de melhorias.

Avaliação e veredito

Qualidade-preço: ****

Design: *****

Inovação: ****

Manipulação: *****

Extras: ****

Veredito:

Categoricamente bom

Recomendável

Neutro

Mais para negativo

Muito negativo

O único avanço ocorreu em termos de software: um sistema “multiframe” captura de 3 a 5 fotografias cada vez que se aperta o botão para disparar a foto. As informações enviadas por cada uma delas são combinadas para criar uma única imagem onde são aperfeiçoadas, por exemplo, áreas borradas. Para fins práticos, não há grande diferença. 

Com um aplicativo simples e múltiplas configurações disponíveis, incorpora alguns recursos projetados de modo que possa ser usada apenas com uma mão: deslizar o dedo da esquerda para a direita enquanto o botão de disparo é pressionado para ajustar o zoom; para cima ou para baixo para alternar entre a câmera frontal e a traseira... E, em relação à unidade frontal, sua resolução foi melhorada em até 8 megapixels e acrescentou-se foco automático. 

Máxima fluidez 

Não temos nenhuma queixa em relação à potência do Galaxy S8. Foi equipado com um processador Exynos e 4 GB de memória RAM para ajudar a lidar com qualquer tarefa. É algo que ficou claro quando o testamos com um dos acessórios com os quais o celular foi apresentado e que é vendido separadamente: a estação DeX, que permite utilizar o celular como se fosse um computador, conectado a um monitor ou televisor e a periféricos como um mouse e um teclado. Nesse ambiente, é possível acessar todos os aplicativos instalados, navegar na internet, editar documentos ou assistir a vídeos com absoluta fluência. 

Na experiência positiva de uso, vale destacar a nova camada de personalização integrada pela Samsung e que torna o Android e quase irreconhecível. É simples, com um aspecto muito moderno e na qual foi reforçada precisamente a simplicidade: na tela principal são mostrados apenas alguns aplicativos (telefone, mensagens, internet, Play Store e câmera, por padrão) e um widget do tempo. Para descobrir outros aplicativos, é preciso deslizar o dedo para cima. Qualquer um dos dois pode levar ao menu inicial, assim como o painel lateral próprio dos modelos com borda curvada da Samsung (os “Edge”), que foi mantido neste dispositivo. 

A concorrência

- iPhone 7 Plus

- Huawei P10

- LG G6

- Sony Xperia XZ Premium

Sem dúvida, a maior aposta da Samsung em termos de software é o Bixby, o novo assistente virtual da fabricante coreana. É tão importante para eles que incluíram um botão físico exclusivo para esta função. É uma pena que, por enquanto, não seja tão determinante como prometido. E não podemos nos esquecer que sua principal vantagem, a possibilidade de interagir por voz com ele e executar todos os tipos de tarefas no telefone, não está disponível. Portanto, teremos que esperar para marcar uma reunião, fazer uma ligação, mudar o papel de parede ou acessar um canal do YouTube só com um pedido. 

Por enquanto, ao pressionar este botão (assim como quando deslizamos a tela principal à direita) aparece uma interface onde são mostrados lembretes e recomendações de conteúdo. Da mesma forma, temos a possibilidade de utilizar a câmera para, através de uma imagem, fazer pesquisas on-line, pedidos, traduzir frases ou identificar locais de interesse. 

E mais 

As características do Samsung Galaxy S8 são completadas com a presença no pacote de fones de ouvido da AKG (controlada pela Harman, comprada pela Samsung). Fazemos uma menção especial a este acessório porque oferece uma qualidade superior à que estamos acostumados nos modelos incluídos com os celulares. Além disso, possuem detalhes interessantes, tais como um cabo revestido de tecido para evitar que se enrosquem. 

Depois de analisar suas características, uma coisa é clara: tudo neste smartphone gira em torno da tela. É um ponto de vista acertado, porque tanto a qualidade de visualização quanto o design que o dispositivo propicia são os melhores que já vimos. No quesito de áreas para melhoria, destacamos a localização do leitor de impressões digitais, a (por enquanto) limitada funcionalidade do Bixby e o sabor amargo deixado pela falta de avanços na câmera principal. Dito isto, podemos estar diante do melhor smartphone do ano.

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