_
_
_
_
Editoriais
São da responsabilidade do editor e transmitem a visão do diário sobre assuntos atuais – tanto nacionais como internacionais

Com o Brasil, sempre

O país sul-americano e a Espanha fazem bem em continuar fomentando os laços econômicos que os unem

O presidente do Brasil, Michel Temer.
O presidente do Brasil, Michel Temer.Joédson Alves (EFE)
Mais informações
Brasil e Espanha: uma nova colaboração entre velhos amigos
Sem citar crise política, FMI aposta no fim da recessão do Brasil neste ano
Quais os países que mais crescerão em 2017? E quem crescerá menos?

As últimas projeções do FMI, publicadas este mês, indicam que ainda falta muito para a economia brasileira se recuperar da pior crise vivida pelo país sul-americano desde a Grande Depressão. O PIB, que chegou a crescer 7,5% no início da década, prevê um aumento de meros 0,3% este ano e não deve chegar a 2% pelo menos até 2020. À crise econômica se soma a explosão das revelações da Operação Lava Jato, que mergulhou a classe política brasileira na confusão e piorou ainda mais, se é possível, a opinião que a população do país sul-americano tem de seus governantes.

Mas quando as empresas espanholas começaram a chegar a sério no país sul-americano, há mais de 20 anos, o Brasil ainda vivia a ressaca de mais de uma década de hiperinflação e planos econômicos fracassados, e o sucesso do plano Real, que estabilizaria a moeda (e, com ela, a economia) estava longe de estar garantido. Hoje, o país que visita o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, para reforçar os laços entre Espanha e Brasil não só é mais rico, mas também mais eficiente economicamente e mais maduro politicamente.

O Brasil continua sendo, de longe, o maior mercado da América do Sul, com um PIB de 1,7 bilhão de dólares (maior do que o espanhol), mas de 200 milhões de habitantes e um tecido industrial e comercial que se mostrou resistente ao pior da crise. Inclusive o próprio escândalo da Lava Jato tem um lado positivo: revela ao mundo que (feitas todas as reservas) a justiça no Brasil não tem medo de meter o dedo nas feridas mais profundas do Estado. Assim como na Espanha, há empresas brasileiras potentes e profissionais que buscam mercados e parceiros externos para driblar a crise por meio da exportação. Em suma: por mais grave que tenha sido a crise, nem a Espanha nem suas empresas podem permitir ignorar o peso do mercado brasileiro. Ambos os países fazem bem em continuar fomentando os inúmeros laços econômicos que os unem.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_