Xosé Hermida, diretor do EL PAÍS Brasil, recebe o Prêmio José Couso de Liberdade de Imprensa
“É o prêmio pelo qual um jornalista se sente mais honrado, porque é dado por seus colegas”, afirma o atual responsável pelo jornal no Brasil
O jornalista do EL PAÍS Xosé Hermida, atual responsável pelo jornal no Brasil, venceu a 13ª edição do Prêmio José Couso de Liberdade de Imprensa, distinção concedida anualmente pelo Colexio Profesional de Xornalistas de Galicia e pelo Club de Prensa de Ferrol e outorgada por votação pelos jornalistas galegos. “É o prêmio pelo qual um jornalista se sente mais honrado, porque é dado por seus colegas. Não pode haver satisfação maior”, agradeceu Hermida (Boiro, Espanha, 1963) pela distinção, de São Paulo, cidade em que desde fevereiro se entrega “simplesmente”, como ele diz, “a uma profissão apaixonante”: a de atender ao “direito dos cidadãos de estar informados sobre o que lhes compete”.
Em comparação com os que usam os meios de comunicação para “se vender a interesses alheios ao público”, esses “maus exemplos” que costumam atrair os holofotes, o jornalista galego agraciado com o Prêmio José Couso afirma que são “mais, muitos mais, os que tentam exercer sua profissão de forma honrada e em condições precárias”. E por isso Hermida considera “especial” que o galardão que acaba de receber leve o nome do câmera de Ferrol (Espanha) que morreu há 14 anos quando cobria a invasão dos EUA ao Iraque e seu hotel foi atingido por disparos de um carro de combate norte-americano. Couso, enfatiza, foi um profissional de perfil distanciado do jornalista estrela, de programas de TV, “um profissional da base que arriscou a vida para que soubéssemos o que acontecia na guerra do Iraque”.
Hermida ressaltou que entende o jornalismo como “um trabalho de equipe” e estendeu o prêmio a “tantos e tantos colegas” que trabalharam com ele ao longo de sua carreira, aos jornalistas com os quais agora compartilha o projeto no escritório do EL PAÍS no Brasil e “muito especialmente” aos que viveram com ele a experiência da representação do jornal na Galícia entre 2006 e 2015.
O prefeito de Ferrol, Jorge Suárez, presidiu neste sábado ato realizado no Centro Cultural Torrente Ballester da cidade para revelar o nome do premiado. Suárez foi acompanhado pelo reitor do Colexio de Xornalistas de Galicia, Francisco José González Sarria, pela presidenta do Club de Prensa de Ferrol, Xulia Díaz Sixto, e por vários membros de ambas as diretorias e do Governo municipal
O reitor do Colexio de Xornalistas destacou a elevada participação dos jornalistas galegos nesta edição do Prêmio Couso e ressaltou que é a primeira vez que a distinção vai para um galego que exerceu na Galícia a maior parte de sua carreira. “Neste caso, além da qualidade profissional, é premiada a qualidade humana, ambas indiscutíveis”, declarou Sarria sobre Hermida. O dirigente de Ferrol, por sua vez, pediu que a liberdade de imprensa seja defendida não somente nos locais de conflito, e sim em todas as partes do mundo em que diariamente os jornalistas fazem seu trabalho.
De Boiro a São Paulo
Xosé Andrés Vázquez Hermida, que assina no EL PAÍS como Xosé Hermida, começou sua trajetória profissional em Boiro como correspondente do jornal El Correo Gallego, para dirigir posteriormente um informativo e um programa de entrevistas na Radio Galega, enquanto iniciava sua colaboração com o El PAÍS. Neste jornal foi correspondente a partir de 1989, subrepresentante a partir de 2006 e representante de 2009 até o fechamento do escritório em 2015. Desde então, até sua ida a São Paulo, teve diversos cargos na sede central do jornal, em Madri.
O nome desse jornalista galego se soma a uma lista de agraciados com o Prêmio Couso que inclui personalidades do jornalismo como Rosa María Calaf, Ali Lmrabet, John Lee Anderson e Mónica García Prieto
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