Lotta Macedo de Soares, a paisagista autodidata que embelezou o Flamengo
Arquiteta responsável pela construção do aterro do Flamengo, no Rio, é celebrada em Doodle do Google
Lotta de Macedo Soares nunca frequentou a universidade, mas tornou-se mesmo assim um dos grandes nomes da arquitetura mundial, fazendo escola no Rio de Janeiro. Filha de brasileiros, ela nasceu em Paris (França) há 107 anos, em 16 de março de 1910, e retornou ao Brasil dois anos depois, onde consagrou-se como uma paisagista, urbanista e arquiteta autodidata brasileira. Responsável pela criação do Aterro do Flamengo (o maior aterro urbano do mundo), Maria Carlota Costallat de Macedo Soares é a homenageada desta quinta-feira pelo Google, que estampou um doodle da intelectual e sua obra mais famosa.
Foi fazendo cursos nos anos quarenta no Museu de Arte Moderna de Nova York, nos Estados Unidos, que Lotta foi se tornando uma das maiores arquitetas brasileiras. Embora seja mais conhecida pela construção do aterro (inaugurado em 1965), afastou-se do projeto no fim, por questões políticas —era amiga do então governador de Guanabara Carlos Lacerda, que a convidou para realizar a obra, mas perdeu as eleições na mesma época. Tendo sido presidente da Fundação Parque do Flamengo, conseguiu tombar o aterro e evitar que fosse loteado, o que o manteve preservado até os dias de hoje.
Em 2013, teve parte de sua vida ilustrada no cinema, com o filme Flores Raras (de Bruno Barreto), que narrou relacionamento com a poetisa norte-americana Elizabeth Bishop —nas telas, foi interpretada pela atriz brasileira Glória Pires. A escritora e a arquiteta foram casadas de 1951 até 1965 e moravam na casa Samambaia, em Petrópolis. O filme também ilustra o triângulo amoroso protagonizado pelas duas com Mary Stearns Mors, ex-companheira de Lotta. A brasileira acabou sofrendo de depressão e, com o fim do relacionamento com Bishop, cometeu suicídio em 1967, em Nova York.
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