Trump pede ao Congresso que investigue suposto grampo em suas chamadas
Presidente acusou neste sábado, sem provas, Barack Obama, que negou categoricamente as alegações
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu ao Congresso que investigue as supostas gravações de suas chamadas antes das eleições. Trump acusou neste sábado, sem provas, seu antecessor, Barack Obama, de ter interceptado as chamadas de seus escritórios em Nova York. O ex-presidente negou categoricamente as alegações. O dirigente republicano fez as afirmações numa série de mensagens em seu Twitter.
"O presidente Trump solicita que como parte de sua investigação das atividades russas, os comitês de inteligência do Congresso exerçam sua autoridade para determinar se houve abuso de poder de investigação do braço executivo em 2016", afirma Sean Spicer, porta-voz presidencial, em um comunicado.
Spicer faz referência a "informações sobre investigações por motivos políticos logo antes das eleições de 2016 e que são muito preocupantes". Mas a nota, como as acusações feitas por Trump, não traz provas sobre quais são essas informações nem sobre a existência de tal investigação ou de ter sido ordenada por Obama antes de deixar a Casa Branca.
As surpreendentes acusações feitas por Trump na manhã de sábado se referiam a uma suposta ordem judicial para gravar suas conversas telefônicas na Torre Trump, em Nova York, antes das eleições. O presidente Obama negou que ele ou qualquer pessoa de seu Governo tenha feito esse pedido durante seus oito anos de mandato.
Ordens judiciais para gravar as conversas de um cidadão norte-americano só podem ser aprovadas por um tribunal federal e exigem a apresentação de provas por crimes relacionados a espionagem ou traição. O FBI, explica o jornal The New York Times, usa esse tipo de ordem para "grampear" as conversas de representantes estrangeiros no território norte-americano. E o pedido, além disso, só pode ser feito pelo Poder Judiciário, nunca pelo Executivo.
Neste sábado, vários legisladores denunciaram as acusações sem provas realizadas pelo presidente, incluindo membros de seu próprio partido. O senador republicano Ben Sasse, que representa o Estado de Nebraska, declarou em comunicado que o presidente tinha feito "acusações muito sérias" e que os cidadãos "merecem receber mais informações". Sasse acrescentou que os EUA estão no meio de uma "corrosiva crise de confiança nas instituições".
Tanto o FBI quanto as duas câmaras do Congresso encabeçam investigações sobre os possíveis vínculos da equipe de campanha do presidente Trump com membros do Governo russo. O escândalo que cerca o presidente já lhe custou a demissão de seu assessor de segurança nacional, Michael Flynn, depois que foram reveladas suas conversas com o embaixador russo em Washington, assim como a decisão do procurador-geral de se afastar das investigações em curso. O procurador Jeff Sessions, que foi assessor de campanha de Trump, também escondeu do Senado que tinha se reunido com o embaixador antes das eleições.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.