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Polícia Federal indicia Eike Batista e reforça acusações contra Cabral

O empresário foi indiciado por corrupção e organização criminosa. Processo segue para a Justiça Federal

María Martín
Eike Batista é levado para depor
Eike Batista é levado para deporUESLEI MARCELINO (REUTERS)

A Polícia Federal acaba de indiciar o ex-bilionário Eike Batista, preso desde o último dia 30 após três dias foragido, por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O indiciamento segue depois para a Justiça Federal. A acusação é fruto da Operação Eficiência, um desmembramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, e aponta o empresário como integrante de um sofisticado esquema de propinas liderado pelo ex-governador fluminense, Sergio Cabral. Os investigadores acreditam que Eike simulou a venda de uma mina de ouro para beneficiar o ex-governador com 16,5 milhões de dólares.

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O próprio Cabral, preso em novembro e já indiciado desde dezembro, foi indiciado mais uma vez pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ele seria o suposto líder de um esquema criminoso cujas dimensões ainda são incertas, mas que num primeiro momento da investigação partiu-se do desvio de mais de 240 milhões de reais, proveniente de propina paga por empreiteiras beneficiadas com grandes contratos públicos. Cabral teria ainda desviado mais dinheiro através da compra de joias e abertura de contas no exterior graças à colaboração de doleiros.

A Polícia Federal indiciou ainda mais dez pessoas, entre elas o irmão de Cabral, por lavagem de dinheiro e organização criminosa, e a ex-mulher, por lavagem de dinheiro. Suspeitos de se beneficiarem do dinheiro ilícito para cobrir gastos pessoais, eles são os únicos indiciados que ainda não foram presos. Outro dos indiciados é o ex-braço direito de Eike, Flávio Godinho, preso e acusado dos mesmos crimes que o empresário é também suspeito de ter orquestrado a falsa venda da mina de ouro.

A Operação Eficiência, deflagrada em 26 de janeiro e que teve como principal alvo Eike Batista, foi possível graças aos depoimentos de dois doleiros que ajudavam o ex-governador a desviar o dinheiro da propina a paraísos fiscais. Os irmãos Renato e Marcelo Chebar se tornaram colaboradores da Justiça e delataram os detalhes do suposto esquema criminoso.

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