As referências de ‘La La Land’ aos clássicos do cinema, unidas num vídeo
Estudante espanhola compila as alusões do musical a filmes como ‘Nos Tempos da Brilhantina’ e ‘Cantando na Chuva’
Sara Preciado, espanhola, é uma estudante de montagem e edição de cinema de 24 anos apaixonada por musicais. Quando viu La La Land, dias atrás, ela ficou impressionada com a avalanche de referências aos clássicos do gênero realizadas pelo diretor Damien Chazelle ao longo da trama. Depois da sessão, decidiu criar um vídeo para redes sociais comparando as diversas sequências do filme atual com suas múltiplas inspirações.
“Conheço os musicais de memória, de modo que decidi reunir todas as imagens que me vinham à mente usando o formato supercut, que está na moda na internet”, disse ao EL PAÍS, por telefone,a autora do vídeo. O supercut é uma compilação visual em que as imagens são editadas com o mesmo fio condutor.
Após um dia de trabalho, Sara publicou o resultado na plataforma de vídeos Vimeo e enviou o arquivo ao perfil Cine O’culto, do Facebook, que o compartilhou. Com essa ajuda, a montagem superou 240.000 visualizações nas primeiras 24 horas de postagem.
Como se pode ver no vídeo de Sara, Cantando na Chuva, Amor, Sublime Amor e Os Guarda-Chuvas do Amor são só algumas das referências mostradas pelo longa norte-americano. As homenagens também se estendem a parte das coreografias – às vezes, idênticas às de Fred Astaire e Ginger Rogers –, vários planos e alguns figurinos do musical.
Apesar de ter igualado nesta terça o recorde de Titanic, com 14 nomeações ao Oscar, La La Land também recebeu críticas por sua falta de originalidade. Chegaram a qualificar o filme protagonizado por Ryan Gosling e Emma Stone como “o Pokémon Go dos musicais”.
Damien Chazelle nunca ocultou a enorme influência que Cantando na Chuva teve sobre o seu longa, nem afirmou que tivesse intenção de modernizar o gênero musical na Hollywood do século XXI.
Com uma história metacinematográfica, ambientada na indústria do espetáculo de Los Angeles, seus protagonistas também mencionam, nos diálogos, clássicos do cinema como Casablanca e Juventude Transviada.
“Não é a história mais original do mundo. Mas, assim como Stranger Things, é verdadeiro exercício de nostalgia, e por isso triunfou”, diz a autora do vídeo comparativo, que pensou em criar algo que as pessoas pudessem ver com seus celulares em qualquer lugar.
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