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Obama: oito vídeos para a retrospectiva dos discursos mais famosos do presidente

Democrata faz nesta terça-feira em Chicago, seu berço político, o último "Estado da Nação"

O ainda presidente dos EUA, Barack Obama, é considerado por muitos especialistas como um dos melhores oradores do nosso tempo. A seguir avaliamos as intervenções mais emblemáticas do democrata que na noite de terça-feira vai fazer seu discurso de despedida em Chicago, a cidade onde começou sua carreira política.

Barack Obama, depois de vencer as eleições em 2008.
Barack Obama, depois de vencer as eleições em 2008.JEWEL SAMAD

“A mudança chegou aos Estados Unidos” (2008)

Com uma mensagem de esperança para milhares de pessoas no Grant Park de Chicago, Barack Obama anunciou sua vitória eleitoral em 4 de novembro de 2008, tornando-se o primeiro presidente afro-americano da história do país.

“Um chamado à ação” (2009)

Poucos meses depois de tomar posse como presidente, Obama foi premiado com o Prêmio Nobel da Paz, uma honra que causou polêmica por ser prematura e prestigiar o líder de um país envolvido em duas guerras — Iraque e Afeganistão — naquele momento. Obama recebeu o prêmio como um incentivo, “um chamado à ação” para liderar o mundo com uma agenda menos intervencionista na arena internacional e uma aposta por melhorar as perspectivas da paz mundial.

“Um novo começo entre os Estados Unidos e o islamismo” (2009)

Depois de anos de tensão entre o país e algumas nações do Oriente Médio iniciados por seu antecessor, o presidente George W. Bush, Obama chegou ao Cairo (Egito) para anunciar uma mensagem de esperança nas relações entre os países ocidentais e a região de maioria muçulmana. O presidente defendeu o legado e a riqueza do islamismo no mundo e se comprometeu a trabalhar para conseguir relações positivas entre os líderes do Oriente Médio e os EUA.

“Newtown, vocês não estão sozinhos” (2012)

Depois do massacre em 2012 de 20 crianças em uma escola primária em Newtown (Connecticut) por um atirador, Obama fez um discurso emocionado de apoio às famílias e à comunidade da pequena cidade. Visivelmente afetado, Obama aproveitou a ocasião para lançar uma ofensiva nacional contra as armas, algo em que fracassou.

“Muitas vezes cometemos o erro de sugerir que o racismo acabou” (2015)

Em março de 2015, Obama visitou a cidade de Selma, um dos bastiões do movimento pelos direitos civis dos afro-americanos, por causa do 50º aniversário das marchas de solidariedade lideradas por Martin Luther King. Na ponte Edmund Pettus de Selma (Alabama), que centenas de manifestantes cruzaram a caminho de Montgomery (Alabama) em sinal de protesto, Obama comemorou os “heróis” que acabaram, em parte, com o racismo explícito nos EUA.

“Por muito tempo estivemos cegos para a dor que a bandeira confederada infligia em muitos de nossos cidadãos” (2015)

Em junho de 2015, um jovem branco defensor de ideologias racistas matou nove afro-americanos em uma igreja histórica de Charleston (Carolina do Sul) durante um estudo bíblico. Obama foi ao funeral para prestar homenagem às vítimas e rompeu a seriedade e o protocolo habitual cantando Amazing Grace, um conhecido hino cristão.

“Vim para enterrar os últimos remanescentes da Guerra Fria nas Américas. Vim oferecer nossa amizade ao povo cubano” (2016)

Como parte do processo de normalização das relações entre Cuba e os EUA — que Obama anunciou em dezembro de 2014 —, o presidente norte-americano viajou para Havana em março 2016, tornando-se o primeiro presidente dos EUA a visitar a ilha depois de mais de meio século de enfrentamento entre os dois países. A retomada das relações continuará sendo uma das maiores conquistas da política externa de Obama.

“Nunca houve nem um homem nem uma mulher mais qualificada que (Hillary) Clinton para ser Presidente dos Estados Unidos da América” (2016)

Na convenção democrata na Filadélfia (Pensilvânia), em julho de 2016, Obama fez seu maior discurso de apoio à candidata democrata, Hillary Clinton. Com elogios e uma convicção firme, Obama passou tocha do partido para Clinton, afirmando que ela tinha uma experiência política inigualável.

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