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Quatro morrem atropelados por caminhão em ataque terrorista em Jerusalém

Agressor mirou grupo de soldados; ataque deixou ainda 15 feridos

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Um cidadão palestino atropelou neste domingo um grupo de soldados israelenses, deixando ao menos quatro mortos e 15 feridos. O ataque foi perpetrado no bairro de Armon HaNatziv, no leste de Jerusalém, perto do quartel-general das forças da Organização das Nações Unidas no Oriente Médio. Três das vítimas eram mulheres que serviam no serviço militar no corpo feminino das Forças Armadas, o Tsahal. O quarto morto é um homem, também soldado do Exército. Os quatro tinham em torno de 20 anos. O atentado ocorreu quando Fadi al Kandar, no volante de um caminhão Mercedes branco, subiu na calçada no momento em que um grupo de soldados em uma excursão descia de um ônibus para ver a murada Cidade Velha em um mirante no leste de Jerusalém, de acordo com o guia do grupo, Haim Neuman.

Neuman acrescentou que soldados e civis que estavam no local mataram Al Kandar. Os bombeiros retiraram várias vítimas de debaixo dos pneus do caminhão, que as atropelou com grande velocidade. Os feridos, entre eles um soldado em situação desesperadora, foram internados nos hospitais Shaarei Tzedek e Hadasa.

Um dos que sofreram o impacto do caminhão, que não quis ser identificado, relatou sua experiência ao Canal 10 israelense, segundo a Reuters: “Foi um milagre eu ter a arma comigo. Disparei em uma roda mas percebi que não adiantava porque eram muitas. Corri até a cabine e descarreguei o carregador contra [o motorista]. Quando acabei, outros cadetes apontaram e começaram a disparar".

"Esse não é um episódio isolado, ninguém poderá deter a marcha do caminhão da intifada em Jerusalém”, afirmou a organização Hamas, que, no entanto, não reivindicou a autoria do ataque. “Fracassarão aqueles que quiserem freá-la”, acrescentou. Segundo fontes palestinas, Al Kandar tinha passagem por uma prisão israelense.

A polícia começou uma investigação de parentes de Al Kandar em seu domicílio em Jabel Mukabar, um dos bairros e povoados palestinos que Israel anexou em Jerusalém Oriental após a vitória na Guerra de Seis dias (1967). O comandante da polícia israelense, Roni Alshej, declarou a jornalistas que o agressor era um morador desse bairro. Vizinhos de Al Kandar disseram que ele não era militante do braço armado do Hamas, e que nunca esteve em uma prisão israelense. Trata-se do primeiro ataque palestino em Jerusalém em meses.

A autoridade israelense declarou que seus agentes não tinham qualquer informação prévia dos serviços de inteligência para impedir o ataque, e que não se pode descartar “a influência do terrorismo islâmico” nesse caso. As autoridades militares estudavam um vídeo do ocorrido. Nesse tipo de atentado, valendo-se de veículos que atropelam civis em paradas de ônibus, assim como os perpetrados com facas, começaram há menos de dois anos em Jerusalém.

O atentado dessa vez coincide com a possibilidade de que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, transfira a embaixada de seu país para Jerusalém, em cujas localidades árabes os palestinos buscam estabelecer a capital de um futuro Estado independente.

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